Ministro puxa dos galões na COP26: "Portugal foi o primeiro a comprometer-se com a neutralidade carbónica em 2050" - TVI

Ministro puxa dos galões na COP26: "Portugal foi o primeiro a comprometer-se com a neutralidade carbónica em 2050"

Matos Fernandes falou na abertura de mais um dia da Cimeira do Clima

O ministro do Ambiente e da Ação Climática falou esta quarta-feira na abertura de mais um dia da COP26, conferência que decorre em Glasgow e que tem como objetivo um novo acordo climático. A partir do palco principal, João Pedro Matos Fernandes afirmou que "só existe um resultado aceitável" a retirar da cimeira.

Aquele que comprometa todas as partes a um nível mais elevado de ação climática, um que entregue um livro de regras completo para a aplicação do Acordo de Paris", disse, lembrando a reunião de 2015, na qual os governos mundiais se comprometeram a limitar a subida da temperatura face ao nível pré-industrial a um máximo de 2 graus Celsius até 2100.

Para isso, o governante pede que se ouça a Ciência na tomada de decisões aos níveis nacional, regional e local. Para isso, Matos Fernandes lembra a aplicação das contribuições determinadas nacionalmente (NDC, na sigla original), planos que os diferentes Estados devem apresentar a cada cinco anos com planos de descarbonização atualizados.

Aliando a isso, o ministro pede também uma estratégia a longo prazo, atirando ao objetivo de limitar o aquecimento global em 1,5 graus Celsius, objetivo "ótimo" definido em Paris, nomeadamente através da neutralidade carbónica, algo em que Portugal foi pioneiro.

Portugal foi o primeiro país do mundo a comprometer-se com a neutralidade carbónica até 2050", afirmou perante a audiência, dizendo depois que foi durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia que foi aprovada a Lei do Clima comunitária, altura em que também se comprometeu com a mesma data para a neutralidade carbónica.

Falando em medidas concretas, Matos Fernandes pede investimento nas energias renováveis, ao mesmo tempo que se abandonam os combustíveis fósseis, nomeadamente o carvão.

No fim do mês, Portugal vai acabar com as centrais a carvão", acrescentou, vincando a produção de mais de 60% de energia renovável no ano de 2020, aposta que é para "continuar". 

Sobre a COP26, espera Matos Fernandes que seja possível chegar a um acordo concreto e ambicioso, uma conferência que "deve passar uma mensagem forte nos preços do carvão e na retirada da utilização de combustíveis fósseis". 

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