«Reforço e união da direita» é o legado de Jerónimo (PS) - TVI

«Reforço e união da direita» é o legado de Jerónimo (PS)

PS - João Ribeiro

Reação do porta-voz dos socialistas às críticas do secretário-geral do PCP ao PS

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O porta-voz do PS considerou, nesta segunda-feira, que o único legado do mandato de Jerónimo de Sousa enquanto secretário-geral do PCP traduziu-se num «reforço e união da direita» e advertiu que Portugal está cansado da «ladainha» comunista antissocialista.

João Ribeiro, membro do Secretariado Nacional do PS, fez estas declarações à Lusa, na sequência de críticas feitas por Jerónimo de Sousa ao PS, durante a sessão de abertura das Jornadas Parlamentares do PCP em Beja.

O secretário-geral do PCP acusou o PS de estar empenhado em «fazer viver este Governo até 2015» e de revelar o «mais básico populismo» por querer diminuir o número de deputados.

Na resposta, o porta-voz dos socialistas disse que «o país está cansado da ladainha anti-PS de Jerónimo de Sousa» e que os seus «apoiantes» se devem perguntar «como é que, atacando o PS e enfraquecendo a esquerda, se combate o Governo mais à direita da história da democracia portuguesa».

«E só há uma resposta para isto: é para manter tudo o que está e para continuar a ser contra tudo», apontou João Ribeiro em nova crítica à linha seguida pelo PCP.

Para o porta-voz do PS, o legado de Jerónimo de Sousa enquanto secretário-geral do PCP «é factualmente apenas um: reforço e união da direita». «É o único legado político conhecido desta atual direção do PCP», sustentou o dirigente socialista.

João Ribeiro afirmou depois que o PS, pelo contrário, «não se engana no adversário».

«O adversário é a maioria de direita», mas «o PCP está contra tudo e sempre contra o PS», acusou, antes de se referir ao chumbo do PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento) IV no Parlamento, em março do ano passado, que conduziu à queda do segundo executivo liderado por José Sócrates.

«A última vez que o secretário-geral do PCP esteve a favor de alguma coisa com consequências foi do derrube do Governo do PS. Derrube que abriu a porta a um Governo de direita», apontou o porta-voz socialista.

Nos últimos dias, PCP e Bloco de Esquerda têm-se insurgido contra a abertura manifestada pelo secretário-geral do PS, António José Seguro, no sentido de ser feita uma reforma da lei eleitoral para Assembleia da República, tendo entre um dos pontos a redução do número de deputados.

Em Alenquer, na sexta-feira à noite, durante um jantar comemorativo da revolução republicana, António José Seguro disse que o PS está aberto a uma reforma que proporcione «uma maior proximidade entre eleitos e eleitores» e uma menor dependência dos eleitos face a «restritos diretórios partidários».

«Chegou a hora de irmos mais longe na regeneração da democracia, tomaremos várias iniciativas que visam aproximar os eleitos dos eleitores, introduzir mais transparência na vida pública e aumentar a exigência na prestação de contas», disse o líder socialistas.

O projeto do PS de revisão da lei eleitoral para a Assembleia da República, segundo António José Seguro, terá também como princípios orientadores, uma maior «personalização do mandato, a responsabilização dos deputados e propõe a redução do número de deputados, num quadro de garantia de condições de proporcionalidade, pluralidade e de representação regional».
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