Caso Sócrates: "Há coincidências temporais muito esquisitas" - TVI

Caso Sócrates: "Há coincidências temporais muito esquisitas"

João Soares afirmou à TVI24, esta terça-feira, que é “absolutamente inaceitável” o facto de ainda não serem conhecidas as acusações contra o ex-primeiro-ministro

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João Soares considera, relativamente ao caso Sócrates, que “há coincidências temporais muito esquisitas”. Declarações feitas à TVI24, esta terça-feira, quando questionado sobre a hipótese de uma acusação surgir em pleno período de campanha eleitoral. Soares lembrou ainda a expressão popular “eu não acredito em bruxas, mas que as há, há”.

“Há aqui coincidências temporais que são de facto esquisitas. Mas não me parece que haja uma relação de comando mecânico entre a Justiça e o poder. […] Espero que ele [Sócrates] possa provar a sua inocência.”

 
O socialista deixou duras críticas à forma como as informações sobre o caso têm surgido na imprensa. Soares falou num “chorrilho de afirmações” que têm sido “comidas pela opinião pública como verdades” e foi mais longe, afirmando que, atualmente, com as novas tecnologias de informação e comunicação, não acredita no segredo de Justiça e este “não tem condições para ser mantido”.

Para o socialista, é “absolutamente inaceitável” o facto de ainda não serem conhecidas as acusações contra o ex-primeiro-ministro e a prisão preventiva é uma “decisão injusta”.

“Acho isto absolutamente inaceitável. Ninguém conhece as acusações ao fim de seis meses e meio. Que mal está a nossa justiça! Só uma pessoa com muita ma fé pode dizer que há perigo de fuga e o perigo de continuação de uma atividade criminosa está completamente fora de causa.”


Soares, que admitiu não ter sido um apoiante de Sócrates dentro do partido, sublinhou que o texto do ex-primeiro-ministro, divulgado esta segunda-feira, revela uma “grande dignidade, coragem e firmeza de caráter”.

“O texto de ontem é de uma grande dignidade. Revela coragem e firmeza de carater. “


Esta terça-feria soube-se que José Sócrates vai continuar em prisão preventiva. A decisão foi tomada pelo juiz Carlos Alexandre, depois de o Ministério Público fazer saber que, dada a recusa da aplicação da pulseira eletrónica, “a substituição da prisão preventiva ficou inviabilizada”. 
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