Olímpicos: Governo não decidiu se estará em Pequim

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, questionou esta manhã o primeiro-ministro no Parlamento sobre se o Governo Português se fará representar na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim. José Sócrates respondeu que a decisão ainda não foi tomada, mas que será levado em linha de conta que «naquela abertura estará lá a bandeira portuguesa e estarão lá atletas portugueses».

Paulo Portas esclareceu que não defende o «boicote desportivo, porque isso prejudica os atletas». «Mas uma ausência política significa qualquer coisa sobre o modo como nós olhamos para a repressão, para a censura, e para a violação de direitos humanos», disse Paulo Portas.

«Vê-se a censura, vê-se a repressão, a falta de respeito pelos direitos humanos. A minha pergunta é esta: pensa que algum membro do Governo português deverá estar na inauguração ou não?», questionou.

Antes de responder, José Sócrates começou por sublinhar que o Governo «condenou formalmente violência usada a propósito do Tibete e já apelou ao diálogo e ao respeito pelos direitos humanos». O primeiro-ministro recordou ainda que estas posições são tomadas em articulação com a UE, que ainda não se pronunciou formalmente sobre este tema.

Na altura em que se esperava o anúncio da posição de Portugal, o chefe de Governo acabou por dizer que a decisão ainda não está tomada, mas alertou que há factores que a condicionarão. «Naquele momento vão abrir os Jogos, não tem outra coisa a ver com a abertura dos Jogos Olímpicos, e naquela abertura estará lá a bandeira portuguesa e estarão lá atletas portugueses, acho que deveremos ter isso em consideração quando decidirmos alguma coisa a propósito dos Jogos Olímpicos. Mas ainda falta muito tempo».