O líder do CDS-PP/Madeira, José Manuel Rodrigues, disse hoje que o partido deve sair da coligação governamental se avançar a taxa sobre as pensões e reformas, considerando que há «limites para tudo».
«Se, alguma vez, a taxa sobre as pensões e reformas vier a ser aplicada, o CDS da Madeira defende que o CDS nacional saia do Governo da República, pois há limites para tudo e não podem ser os mais velhos, alguns a viverem com enormes dificuldades, a pagarem a fatura da dívida e das más governações do país e da Madeira nos últimos anos», afirmou José Manuel Rodrigues.
Numa conferência de imprensa no Funchal, José Manuel Rodrigues referiu que, «por imposição da troika, o PSD no Governo da República continua a tentar impor uma taxa sobre as pensões e as reformas dos portugueses mais velhos», mas o CDS, «e bem, opõe-se a tal medida que ultrapassaria a fronteira da justiça social».
«Ontem [domingo], nas negociações com a troika, para fechar a sétima avaliação e Portugal receber a tranche de dois mil milhões de euros, a taxa sobre pensões e reformas deixou de ser obrigatória e passou a ser facultativa, isto é, se o Governo conseguir medidas e receitas alternativas, a taxa não será aplicada», declarou o dirigente centrista, considerando que «é isso que agora se exige ao Governo e aos ministros do PSD e do CDS».
Para o responsável, «patriotismo é defender os interesses nacionais mas, em primeiro lugar, é defender os interesses e os direitos dos portugueses, neste caso, dos três milhões de portugueses mais velhos que dedicaram uma vida de trabalho ao seu país que pagaram impostos e descontaram para a Segurança Social e que têm direito agora à sua pensão e à sua reforma».
Na iniciativa, José Manuel Rodrigues fez-se acompanhar dos vice-presidentes da estrutura regional do partido, o deputado na Assembleia da República Rui Barreto, o líder parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira Lopes da Fonseca, a vice-presidente do parlamento regional Isabel Torres e o deputado Mário Pereira.
O Conselho de Ministros reuniu-se domingo para confirmar as condições necessárias ao fecho da sétima avaliação.
Uma fonte do Governo disse à Lusa que o CDS-PP «aceitou excecionalmente» que «pudesse vir a ser considerada a introdução de uma contribuição de sustentabilidade sobre as pensões».
Anteriormente, apontou uma outra fonte do executivo, «estava previsto que o Governo se comprometia a tomar a medida da TSU dos pensionistas», mas, em Conselho de Ministros, o executivo comprometeu-se em adotar a medida «como último recurso» e apenas «se for necessário».
A 05 de maio, o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, disse não concordar com a nova contribuição sobre pensões e adiantou que o Governo ia negociar com a troika para encontrar medidas de redução da despesa do Estado equivalentes.
Partido deve sair da coligação se avançar taxa sobre pensões
- tvi24
- PP
- 13 mai 2013, 13:26
Ideia foi defendida pelo líder do CDS-PP/Madeira, José Manuel Rodrigues
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