Operação Marquês: PCP diz que arrastar do processo é "inaceitável aos olhos do cidadão" - TVI

Operação Marquês: PCP diz que arrastar do processo é "inaceitável aos olhos do cidadão"

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  • CM
  • 11 abr 2021, 13:23

Num curto comunicado divulgado esta manhã, os comunistas reagem à decisão instrutória, conhecida na sexta-feira, na qual o juiz Ivo Rosa decidiu não levar a julgamento por corrupção o antigo primeiro-ministro José Sócrates

O PCP considerou, este domingo, que a Operação Marquês, apesar da sua “inequívoca complexidade e dimensão”, tem-se arrastado no tempo de uma forma “inaceitável aos olhos do cidadão comum”.

Num curto comunicado divulgado esta manhã, o PCP reage assim à decisão instrutória da Operação Marquês, conhecida na sexta-feira, na qual o juiz Ivo Rosa decidiu não levar a julgamento por corrupção o antigo primeiro-ministro José Sócrates.

Este caso judicial, pese embora a sua inequívoca complexidade e dimensão, tem-se arrastado no tempo de forma que é inaceitável aos olhos do cidadão comum”, condenam os comunistas.

De acordo com o PCP “este processo judicial está longe do seu fim”, recordando que, tal como já foi anunciado, esta decisão instrutória será “objeto de recurso em algumas partes pelo Ministério Público”.

A decisão instrutória agora conhecida não é definitiva quanto ao caso judicial. Esta fase processual não é ainda o julgamento, para onde todo o processo deve seguir, tão rápido quanto possível”, apelou.

O juiz de instrução criminal Ivo Rosa decidiu mandar para julgamento o ex-primeiro ministro José Sócrates, o seu amigo e empresário Carlos Santos Silva, o ex-ministro Armando Vara, o banqueiro Ricardo Salgado, todos por crimes económicos e financeiros, mas deixou cair as acusações de corrupção e fraude fiscal.

Dos 28 arguidos, Ivo Rosa pronunciou apenas cinco e ilibou, entre outros, os ex-líderes da PT Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, o empresário Helder Bataglia e o ex-administrador do Grupo Lena Joaquim Barroca, que estava indiciado por 21 crimes.

Dos 189 crimes que constavam na acusação, num processo que começou a ser investigado em 2013, só 17 vão a julgamento, mas o procurador Rosário Teixeira, responsável pelo inquérito, anunciou que ia apresentar recurso da decisão para o Tribunal da Relação de Lisboa.

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