Sócrates acusa Costa de maldizer um Governo do qual fez parte - TVI

Sócrates acusa Costa de maldizer um Governo do qual fez parte

  • CE
  • 31 ago 2019, 09:49

Sócrates acusa ainda o atual primeiro-ministro de estar a tentar obter uma maioria absoluta, desacreditando-a enquanto solução política

O antigo primeiro-ministro José Sócrates disse que os "ataques de António Costa" se tornaram insuportáveis. Em causa estão as declarações feitas pelo atual secretário-geral do Partido Socialista (PS) na entrevista dada à TVI, na passada quarta-feira.

Sócrates assina este sábado um artigo de opinião, no semanário Expresso, no qual garante que já não é possível "assistir, sem reagir” aos ataques que António Costa faz à história do PS e aos antigos governos socialistas.

O antigo secretário-geral do partido garantiu que nunca pensou encontrar-se "na desconfortável situação de ter de recordar alguém que o Governo que agora maldiz foi, afinal, um Governo em que participou".

Sócrates acusa ainda o atual primeiro-ministro de estar a tentar obter uma maioria absoluta, desacreditando-a enquanto solução política.

O ex-primeiro-ministro realçou que nunca pediu apoio à direção do PS, mas nunca esperou ser atacado de forma tão injusta.

Na quarta-feira, António Costa tinha afirmado na TVI que “os portugueses têm má memória das maiorias absolutas, quer as do PSD quer a do PS”.

Sim, não têm boa memória da maioria absoluta do PS, nem terão — pelo menos enquanto a direção do PS se mantiver apostada em desmerecê-la, juntando-se, assim, ao discurso de todos os outros partidos que têm óbvio interesse político em fazê-lo”, escreveu José Sócrates.

No artigo, o antigo primeiro-ministro confessou ainda que nunca pensou que “as coisas chegassem a este ponto”.

Sócrates obteve em 2005 a primeira e única maioria absoluta para o Partido Socialista em eleições legislativas.

António Costa fez parte do Governo socialista liderado por José Sócrates, sendo o número dois do executivo como ministro de Estado e da Administração Interna até maio de 2007.

Continue a ler esta notícia