José Sócrates sugeriu esta noite no comício de encerramento da campanha eleitoral realizado debaixo da Pala do Pavilhão de Portugal, em Lisboa, que os partidos não aceitaram dialogar com o PS porque têm um «problema do foro psico-analítico».
Acusando a oposição de «ausência de sentido de Estado» por ter levado o país a eleições numa altura de crise, sublinhou: «Lamento que tenha sido o único político em campanha que tenha apelado ao diálogo».
O candidato socialista acusou Pedro Passos Coelho de ter o «discurso do ressentimento» por causa da derrota do PSD nas últimas eleições legislativas e disse que foi «uma mesquinhez» os nomes que lhe chamaram durante a campanha. «O mais brando foi Saddam Hussein...», ironizou. O candidato socialista acusou fortemente «os barões» que participaram na campanha do partido social-democrático: «Foram os barões que dirigiram esses ataques pessoais» e voltou a ironizar que «o ressentimento torna as pessoas infelizes».
«Do outro lado apenas vi maledicência», acusou. «O pais precisa de tudo, menos de lideranças instáveis», reforçou, dizendo também que Passos Coelho é um líder «fraco». O candidato socialista, que defende que o PS é o único partido que pode defender o Estado Social, que é único partido da «concertação».
Sócrates teceu críticas aos partidos da esquerda, que acederam fazer o jogo da direita. Numa frase muito repetida neste quinze dias, Sócrates citou a frase que disse ter sido da autoria de Jorge Lacão: «Deitaram abaixo o Governo, mas fizeram levantar o PS!»
A caravana do PS despediu-se da campanha eleitoral ao som do Hino de Portugal, cantado em uníssono por uma grande concentração de apoiantes.
Notícia actualizada
Sócrates diz que oposição tem um «problema do foro psicológico»
- Paula Oliveira
- 3 jun 2011, 22:27
Campanha socialista chega ao fim com acusações fortes por parte do líder socialista
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