Sócrates: «Não sou de me deixar vencer pelas dificuldades» - TVI

Sócrates: «Não sou de me deixar vencer pelas dificuldades»

Primeiro-ministro apela a mobilização contra a crise

O primeiro-ministro apelou este sábado à mobilização dos portugueses no combate à crise, dizendo que, pela sua parte, não desistirá, nem se deixará vencer pelas dificuldades e que é nestes momentos que sente maior energia interior, noticia a agência Lusa.

Na sua tradicional mensagem de Natal, José Sócrates referiu-se ao actual quadro de dificuldades financeiras e económicas do país, mas deixando palavras de confiança quanto ao futuro da economia nacional.

«Os portugueses sabem que não sou de desistir, nem sou de me deixar vencer pelas dificuldades. Pelo contrário, é nestes momentos que mais sinto a energia interior e o sentido do dever para apelar à mobilização dos portugueses», declarou o líder do Executivo.

Na análise que fez da presente situação do país, o primeiro-ministro disse que, apesar de já identificar sinais «animadores» de recuperação económica, «em particular com o bom crescimento das nossas exportações», a verdade é que «a crise deixou as suas marcas, que ainda aí estão», em particular ao nível da confiança dos mercados financeiros.

Por isso, segundo José Sócrates, «todos os governos europeus tiveram este ano de fazer ajustamentos nas suas estratégias e tiveram de adoptar medidas difíceis e exigentes, de modo a antecipar a redução dos seus défices como forma de contribuir para a recuperação da confiança nos mercados financeiros».

«O Governo português tomou as medidas necessárias para enfrentar esta situação, com confiança, com sentido de responsabilidade e com determinação. Definiu metas ambiciosas para 2010 e 2011 que vamos cumprir», declarou, numa alusão às medidas de austeridade tomadas pelo seu «xecutivo.

A seguir, José Sócrates procurou justificar a adopção destas medidas impopulares, apontando-as como a única solução e como inevitáveis.

«O que está em causa é o financiamento da nossa economia, a protecção do emprego, a credibilidade do Estado português e o próprio modelo social em que queremos viver. Tenho plena consciência do esforço que está a ser pedido a todos os portugueses, mas quero que saibam que este é o único caminho que protege o país e que defende o interesse nacional - caminho que temos de percorrer com determinação, para que possamos, finalmente, virar a página desta crise e garantir um futuro melhor para a nossa economia e para todos os portugueses», considerou.

Na sua mensagem de Natal, Sócrates salientou a importância na presente conjuntura da concertação e do diálogo social, referindo que o seu Governo alcançou recentemente acordos com os parceiros sociais sobre o salário mínimo e sobre as 50 medidas para o crescimento económico, e com as instituições privadas de solidariedade social.

José Sócrates defendeu ainda que se verificaram progressos no país ao longo dos últimos anos, designadamente nas energias renováveis, nas tecnologias de informação e no domínio da educação (particularmente na leitura, matemática e ciências).

A terminar, como é habitual, o primeiro-ministro dirigiu-se aos militares e elementos de forças de segurança que se encontram no estrangeiro, assim como às comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.

«A todos quero expressar reconhecimento e orgulho pelo trabalho que desenvolvem honrando e dignificando o nome de Portugal», disse.
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