Sócrates: «Não vos recomendo que olhem para os jornais» - TVI

Sócrates: «Não vos recomendo que olhem para os jornais»

Líder socialista diz que as sondagens estão erradas e fala em vitória. No seu discurso, referências à oposição e também à comunicação social

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«As sondagens publicadas o que mostram é que está tudo em aberto». José Sócrates terminou assim o seu discurso no tradicional almoço de último dia de campanha na Cervejaria Trindade, onde reafirmou uma vez mais que a derrota não está ainda no seu horizonte: «A única palavra que tenho no meu espírito é vitória».

Rodeado pelos ministros do seu Governo e algumas figuras de proa do partido, como Manuel Alegre, João Cravinho e Jorge Sampaio, o recandidato a primeiro-ministro teceu fortes elogios ao PS e lançou críticas aos partidos da oposição e também à comunicação social.

«Durante toda esta campanha, vi o PS na rua à altura do melhor que o PS tem. Uma história de serviço ao país, uma história de combates», disse José Sócrates. «De Norte a Sul vi o PS na rua e com uma notável mobilização popular», reforçou.

Destacando a «atitude de elevação» do PS, José Sócrates acusou os partidos da oposição de terem feito uma campanha de ataques com o único objectivo de o descredibilizar. «É uma campanha de ataques pessoais para me destruir pessoalmente». Sócrates foi ainda mais duro ao dizer que a oposição tem tido uma atitude de «sectarismo». Uma «atitude de sobranceirismo de quem queria o PS de joelhos», sublinhou.

José Sócrates insistiu uma vez mais que «o país pagou um preço por esta crise» e pela primeira vez em quinze dias de campanha atacou o Bloco de Esquerda, mais exactamente a moção de censura que os bloquistas apresentaram. Os partidos de direita «foram imediatamente ajudados por aqueles que se dizem à nossa esquerda». E ameaçou: «Essa cegueira vai sair-lhes caro».

José Sócrates fez duas referências à comunicação social na sua intervenção deste almoço. Criticando o facto das suas propostas para o país não terem passado muitas vezes, começou por queixar-se das televisões. O candidato referiu-se aos «poucos minutos dos telejornais a que um político tem direito ao fim de cada discurso» e a seguir, quase a terminar o seu discurso, atirou: «Não vos posso recomendar que hoje olhem para os jornais. Não é coisa que me ocorra dizer. Mas olhem pelo menos para uma pequena notícia sobre o aumento do número de mestrados».
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