Cada português nasce já com dívida de 16 mil euros

A Juventude Social Democrata (JSD) acusa esta quinta-feira o Governo de José Sócrates de ter endividado as gerações futuras. «Actualmente, cada português nasce já com uma

dívida de 16.000 euros», denuncia a «jota», em comunicado enviado à tvi24.pt.

Para os jovens sociais-democratas, a governação socialista «apenas danificou o Estado Social e prejudicou o poder de compra» da população.

«Em 6 anos, o Governo de José Sócrates passou a dívida pública portuguesa de 80 mil milhões de euros para 160 mil milhões de euros - o dobro.»

Mediante o cenário de endividamento que traça do país, a JSD conclui que «é fácil ver o quanto a gestão de José Sócrates prejudicou o futuro das novas gerações.» Por isso, apresenta sete medidas com o propósito de «devolver a confiança e a esperança à juventude.»

Em comunicado, a JSD defende a criação de um Alto Comissariado para a Justiça Inter-Geracional que acompanhe a elaboração de actos legislativos com impacto

inter-geracional.

Segundo Duarte Marques, líder da JSD, «as decisões tomadas na actualidade irão afectar várias gerações de

portugueses», pelo que se torna «imperativo reconhecer o impacto inter-geracional das decisões» legislativas, económicas, financeiras e sociais».

Na lista de preocupações da JSD seguem-se as finanças públicas e a acumulação injusta de riqueza. A avaliação dos investimentos que representem encargos por mais de um exercício orçamental e o controlo sobre o enriquecimento em sectores supostamente concorrenciais estão na mira dos jovens «laranjas».

A promoção da natalidade assume grande destaque: para «precaver o futuro» daqueles que «nem sequer nasceram ainda», a JSD prevê medidas como a revisão do abono de família, da taxa de IVA sobre os bens para bebés e crianças, dos regimes de licenças de parentalidade ou a discriminação positiva dos agregados com mais dependentes.

A «jota» pretende também monitorizar e facilitar o regresso dos jovens portugueses emigrantes ao país.

No campo dos apoios sociais, a JSD defende a criação de um sistema de pontos resultantes do trabalho cívico e comunitário de quem recebe o Rendimento Social de Inserção, bem como a atribuição de mais competências aos desempregados, de forma a assegurar a sustentabilidade da Segurança Social.

No Dia da Criança, para a JSD a melhor prenda «é um país com perspectivas de sucesso».