«A convenção do LIVRE, a 31 de janeiro, será uma plataforma aberta de discussão e já temos conversado com pessoas do LIVRE e contamos que algumas venham também participar este fim de semana. Todas as formas de articulação estão em aberto, mas não estamos nada preocupados com políticas de alianças. A prioridade é responder a questões fundamentais e arranjar instrumentos políticos as concretizar», disse à Lusa a psicóloga Joana Amaral Dias.
Sobre a óbvia colagem ao espanhol «Podemos», pelo menos em termos de designação, a ex-parlamentar bloquista recusou que o seu movimento seja uma «sucursal», reconhecendo que há «um processo de aprendizagem a partir de um fenómeno que foi muito interessante em Espanha».
O evento do «Juntos Podemos» vai contar com a participação de dois membros do «Podemos» do país vizinho. Além de Joana Amaral Dias, também a ativista Paula Gil, que esteve na organização do Movimento 12 de Março, uma enorme manifestação sob o lema «Geração à Rasca», está envolvida na organização.
A historiadora Raquel Varela ou os jornalistas José António Cerejo e Nuno Ramos de Almeida são outros dos participantes nas diversas conferências e no plenário final, no qual se irá também decidir sobre a possível criação formal de um partido político de forma a concorrer às eleições legislativas.
«A ideia é poder discutir três eixos principais - o problema da corrupção, a soberania e a democracia. Subjacente a tudo isto está qual o modelo económico que melhor responda aos anseios das pessoas e que propostas concretas há a apresentar», resumiu Joana Amaral Dias.
Esta assembleia de cidadãos realiza-se sábado e domingo no lisboeta Instituto Superior de Psicologia Aplicada.