“O XX Governo, o que resultou da interpretação legítima da vontade popular expressa nas eleições do passado dia 4 de outubro, está em funções e por isso aqui está o ministro da Saúde”. Foi assim que começou o seu discurso, na cerimónia inaugural do congresso.
“Não posso deixar de vos expressar a minha enorme preocupação quanto ao futuro da saúde em Portugal, caso se venha a confirmar a entrada em funções de um Governo de frente de esquerda”, disse depois, detalhando as suas dúvidas:
"Como será o futuro financiamento da Saúde e do Serviço Nacional da Saúde num contexto de redução das receitas do Estado e de aumento desproporcionado da despesa pública em matérias que não se relacionam com o programa orçamental de saúde.”
“Vivemos tempos estranhos na nossa República. Estranha-se que a vontade expressa em eleições não seja respeitada por quem a devia respeitar. Estranha-se que a palavra dada não seja honrada. Estranha-se que uma democracia baseada em equilíbrios se esteja a radicalizar. Estranha-se que um Governo legítimo seja derrubado antes de poder ser testado”, afirmou ainda, segundo a Lusa.