Com o tema do TGV a pairar sobre o segundo dia de campanha oficial, Manuela Ferreira Leite passou esta segunda-feira por Portalegre e Castelo Branco para terminar na Guarda, numa sessão pública com militantes.
Depois de um dia marcado pela polémica da alta-velocidade com sotaque castelhano, a líder do PSD não se furtou também a responder a José Sócrates, que durante a tarde a acusou de ter uma atitude «retrógrada e passadista».
«Estrangeiros não me amedrontam»
Mas para Ferreira Leite, Sócrates não é o dono da «modernidade». Bem pelo contrário: «Quem tem noção de modernidade sou eu e não ele! Um país moderno não é um país hipotecado; e quem se contenta com este conceito não tem noção do que é moderno».
E o que é um país moderno? «É um país rico, sem problemas sociais». Ora assim, Ferreira Leite corrige o discurso do candidato socialista e avisa: «Quem quer modernizar vota PSD. Quem é retrógrado vota PS».
Acusando o Governo PS de «novo-riquismo», a social-democrata passou a alta velocidade sobre o tema que marcou esta segunda-feira, para dizer que «o país está endividado e quer uma coisa que não precisa: um enfeite».
Para que não fiquem dúvidas, a candidata do PSD às legislativas do próximo dia 27 insiste que não é contra o investimento público e recorda os tempos de Cavaco Silva para dizer que «nunca ninguém fez tanto investimento como nos governos sociais-democratas». O problema, garante, é que «o nível de endividamento é extremamente perigoso».
Suspender TGV criaria uma «crise entre dois estados»
Sem desistir de ter José Sócrates como alvo principal, Ferreira Leite acusa o primeiro-ministro de «meter medo» aos eleitores, ao afirmar que o «PSD quer privatizar a Segurança Social».
Insistindo na «política de verdade», «um slogan que muito tem incomodado o PS», Ferreira Leite pediu aos autarcas para «seguirem o lema do PSD: não façam promessas que não possam cumprir». «Prometer tudo é próprio de quem não sabe o que fazer».
TGV é «enfeite» de novo-rico
- Judite França
- 14 set 2009, 22:04
«País está endividado e quer uma coisa que não precisa». Ferreira Leite garante que ela é que «tem noção de modernidade» e não Sócrates: «Um país moderno é um país rico»
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