Passos Coelho é o candidato mais falado na Internet - TVI

Passos Coelho é o candidato mais falado na Internet

Segundo estudo a que a TVI24 teve acesso, quase metade das publicações na Internet sobre a política nacional refere-se ao primeiro-ministro

Pedro Passos Coelho foi o candidato mais falado na Internet em período de campanha, apesar de não ser o político preferido dos portugueses. Estas são as conclusões de um estudo inovador dos investigadores Luísa Godinho e Nuno Severiano Teixeira, da Universidade Nova de Lisboa, que analisou referências em mais de 150 milhões de websites em todo o mundo às principais forças políticas nacionais.

De todas as menções feitas na Internet aos políticos portugueses, quase metade refere-se ao primeiro-ministro. De acordo com os dados recolhidos, Pedro Passos Coelho consta em 46% das publicações que falam dos cabeças de lista dos principais partidos.

Em segundo lugar surge António Costa com metade das citações. Só 24% das publicações referem o líder do PS. A fechar o pódio surge Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, com 13%.

Segundo a análise computacional, o primeiro-ministro vence de novo na Internet, mas desta vez como líder da coligação Portugal à Frente, uma vez 50% das referências na web lusófona aos principais partidos políticos e coligações pertencem à junção do CDS e do PSD. A seguir está o Partido Socialista, que voltou a ter apenas 25% de publicações, um número bastante inferior ao do principal rival.

Seguem-se-lhes o CDU e o Bloco de esquerda, com 18 e sete por cento das referências respetivamente.

Contudo, apesar do líder do PSD ser o mais citado na web, o nome do primeiro-ministro é maioritariamente pesquisado com frequência no continente europeu, enquanto António Costa Tem representação nos quatro continentes.

A opinião pública nos sites pesquisados parece também favorecer o líder do PS. Apesar de 63% do conteúdo ser neutro, 20% das opiniões sobre António Costa são positivas.

Já o primeiro-ministro só tem 13% dos utilizadores a expressar uma opinião a seu favor e 25% a tecer comentários negativos, apesar de 62% dos conteúdos ser neutro.

Os investigadores acreditam que este tipo de pesquisa pode ser mais fidedigna do que as sondagens, pois, em vez de perguntar que candidato prefere, a atividade dos utilizadores da Internet revela as suas preferências.

“Quanto maior for o número de referências a determinada temática, maior deverá ser a importância que a opinião pública lhe atribui. É isso que permite tirar conclusões não apenas sobre os temas que num determinado momento compõem o imaginário social e político, mas também sobre a deslocação dos sentimentos dos cidadãos ao longo do tempo”, explica o estudo.



 

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