Passos garante que não esteve "de faxina" - TVI

Passos garante que não esteve "de faxina"

Presidente do PSD avisa que está "com muita força"

O presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou que não esteve "de faxina" a preparar o regresso do PS, associou os socialistas a um regresso do FMI e avisou que está "com muita força".

"Aqueles que pensam que estivemos de faxina para lhes facilitar o regresso, estão enganados. Nós não estivemos de faxina, nós estamos há quatro anos a preparar o futuro de Portugal, não é o regresso ao passado do socialismo em Portugal", declarou Passos Coelho, num jantar comício da coligação PSD/CDS-PP, no Centro de Congressos de Lisboa.


No final de um discurso de cerca de 35 minutos, o presidente do PSD acrescentou: "E aqueles que pensam que também que, por isso, nos esgotámos, que estamos cansados, que não temos uma ideia para futuro, podem pensar isso para sua autossatisfação, mas preparem-se bem, porque aqui mora muita força, muita determinação, muitas ideias e muito futuro para Portugal. Viva Portugal".

O presidente do PSD defendeu ter a chave para o combate ao desemprego e para a aposta na ciência, invocando as políticas dos últimos quatro anos, e prometeu mais justiça social se voltar a formar Governo.

"A sociedade de privilégio começou a ceder com este Governo. E garanto-vos que, se nestes quatro anos conseguimos afrontar tanto privilégio e incomodar tantos protecionistas em Portugal, deem-nos mais quatro anos em Portugal e verão como nós conseguiremos, não apenas melhores resultados para o crescimento, mas mais justiça social em Portugal. E então tiraremos a prova dos nós entre aqueles que usam e abusam do nome do povo e da liberdade a pensar das eleições, e aqueles que governam a pensar no povo, a pensar nos portugueses e a pensar no futuro", afirmou.


Pedro Passos Coelho falava num jantar comício da coligação PSD/CDS-PP, no Centro de Congressos de Lisboa, num discurso em que afirmou a ambição de "inverter a recessão demográfica" e de "combater um passado longo de desigualdades económicas e sociais" em Portugal.

Na sua intervenção, o presidente do PSD comparou resultados desta legislatura com os da anterior governação do PS e defendeu que é preciso não esquecer o que levou ao resgate de 2011, sem nunca referir o nome do ex-primeiro-ministro, José Sócrates.

"Nós não iremos julgar politicamente duas vezes os mesmos responsáveis, mas, se não queremos voltar ao princípio e desperdiçar os sacrifícios que fizemos, é bom não nos esquecermos do que é que nos trouxe àquele choque brutal de realidade de 2011", declarou.


No que respeita ao emprego, o chefe do executivo PSD/CDS-PP introduziu o tema atribuindo responsabilidades aos governos do PS: "Eu sei que hoje em dia há gente que tem uma certa tendência para ficar com a memória muito curta e que, portanto, acham que foi o desemprego gerado pela crise de 2011 a 2013 que trouxe o infortúnio às gerações mais velhas e àqueles que aguardavam a sua possibilidade de entrar no mercado de emprego, mas não foi. Na verdade, o desemprego em Portugal aumentou sustentadamente em anos de suposta abundância. De 2005 a 2011, o desemprego aumentou sempre".

Depois, enalteceu a atuação do seu Governo nesta matéria: "Deixem-me dizer-vos como é que nós temos resolvido o problema do desemprego nestes anos. Em primeiro lugar, tivemos políticas ativas de emprego bem-sucedidas, não vale a pena dizer que não vale a pena gastar dinheiro em estágios. Perguntem aos jovens portugueses que encontrarem emprego em Portugal porque fizeram um estágio se vale ou não vale a pena pagar e financiar esses estágios".

O presidente do PSD apontou as "opções vocacionais" introduzidas no ensino secundário e reforma do IRC como outras medidas que contribuíram para o aumento do emprego.

Em seguida, elogiou a política do seu executivo para a ciência, alegando que foi desenvolvido "um trabalho na área da inovação e da ciência como nunca tinha sido feito em Portugal".

"Sabemos muito bem como é que devemos atacar o desemprego no futuro, como é que devemos apostar na ciência e no conhecimento no futuro, como é que podemos ter uma economia ao mesmo tempo mais azul e mais verde, isto é, mais ligada ao mar e às tecnologias limpas", concluiu.

"Nós hoje sabemos, porque já o fizemos, nós sabemos o que vamos fazer nos próximos quatro anos, porque nós temos connosco a chave do bom resultado que tivemos nestes quatro anos", reforçou Passos Coelho.
Continue a ler esta notícia