Rio “sentencia quem nem sequer foi julgado e calunia quem nem sequer é suspeito” - TVI

Rio “sentencia quem nem sequer foi julgado e calunia quem nem sequer é suspeito”

  • Sofia Santana
  • 28 set 2019, 20:58

Esta foi a resposta do presidente do PS, Carlos César, às declarações de Rio sobre o caso de Tancos, que tem agitado a campanha eleitoral. Palavras ditas em Guimarães, onde o PS terminou mais um dia de campanha. Um dia que começou com um contratempo: o cancelamento das ações de ruas que estavam previstas.

Carlos César diz que Rui Rio “sentencia quem nem sequer foi julgado e calunia quem nem sequer foi suspeito ou acusado”. Foi desta forma que o presidente do PS respondeu às declarações do líder do PSD sobre Tancos, o caso que tem agitado a campanha eleitoral, reiterando que há uma "desorientação muito grande" no partido laranja.

Num comício este sábado, em Guimarães, César entrou ao ataque, afirmando que “Rui Rio fala de tudo, mas cada vez menos do que mais interessa à vida real dos portugueses”. Mais, Rio num dia diz “uma coisa” e no outro dia “o seu contrário”.

Um dia diz que não faz julgamentos em praça pública, no outro, como no caso de Tancos, sentencia quem nem sequer foi julgado e calunia quem nem sequer foi suspeito e acusado”, vincou.

O presidente do PS começou a intervenção, afirmando que há uma “desorientação muito grande” no PSD porque o partido “já percebeu que não vai continuar com o apoio que julgava que os portugueses podiam dar”.

A desorientação é muito grande. É que o PSD já percebeu que não vai continuar com o apoio que julgava que os portugueses podiam dar”, atirou.

Perante algumas centenas de pessoas que se reuniram no Largo Donães, em pleno centro histórico da cidade berço, César afirmou que, sem a “firmeza” de Costa, “o Governo não tinha subsistido” e “o país não tinha resistido” às “loucuras” de “alguns” e aos “agouros da direita”.

Sem a sua firmeza, este Governo não tinha subsistido, nem o país tinha resistido às loucuras para que alguns nos empurravam e aos agouros da direita.”

O presidente socialista afirmou que, durante esta legislatura, Portugal ganhou prestígio na União Europeia e no mundo e que “os portugueses ganharam confiança no seu próprio país com a convicção e a ambição que o PSD e CDS desdenharam”.

E pois isso, pediu uma "maioria de valor reforçado".

"A liderança de António Costa impôs-se e é fundamental, para que continuemos nesse equilíbrio entre a ambição e o que é possível que o PS obtenha, uma maioria de valor reforçado que permita continuar o percurso que temos feito ate agora", sublinhou.

Depois da intervenção de César, foi a vez de Costa tomar a palavra para pedir uma “grande vitória” do PS no dia 6 de outubro. O secretário-geral socialista deixou avisos e apelos:

Pensem bem se vale a pena pôr em risco aquilo que já foi alcançado. Temos uma semana para que todos convençam, tenham convicção de que vale a pena votar no PS. Vamos todos mobilizar-nos ao longo destes dias para conseguir a vitória”, vincou.

Horas antes, num almoço-comício em Famalicão, Costa já tinha afirmado que “há um grande combate a fazer” para o PS “ganhar mesmo” as legislativas.

O secretário-geral socialista não se cansa de repetir que as eleições ganham-se nas urnas e não nas sondagens e, este sábado, voltou a sublinhar que o PS até pode ir à frente nas sondagens, mas o que conta são mesmo “os votinhos com a cruzinha à frente”.

O PS tinha planeado passar este dia de campanha em vários concelhos do distrito de Braga, mas o sábado começou com um contratempo: o cancelamento das duas ações de ruas que estavam previstas – uma arruada de manhã em Braga e uma visita à feira de Cabeceiras de Basto à tarde. Um cancelamento que teve origem numa recomendação médica: Costa foi assistido no hospital na sexta-feira à noite devido a dores musculares e nas costas.

Assim, a primeira ação de campanha acabou por ser o almoço em Famalicão, um serão animado, no qual o líder do PS conheceu vários mandatários temáticos – desde um mandatário dos vinhos verdes a um mandatário do estilo de vida saudável – e ouviu cantigas ao desafio, com rimas sobre o Governo e a “geringonça”.

Este domingo, a caravana socialista segue para o distrito do Porto.

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