BES: PCP distingue emigrantes dos "outros lesados" - TVI

BES: PCP distingue emigrantes dos "outros lesados"

Em entrevista à TVI, Jerónimo de Sousa defende que os emigrantes sejam ressarcidos, mas para os lesados do papel comercial defende uma "solução concreta"

Jerónimo de Sousa em entrevista na TVI distinguiu os lesados do BES. Para o líder do PCP, existe uma diferença entre os lesados que adquiriram produtos das empresas do grupo e os emigrantes que tinham produtos do próprio banco. Para o líder comunista, os emigrantes devem ser ressarcidos, já os lesados do papel deve ser encontrada uma “solução concreta”.

“O PCP foi clarificando a sua posição em conformidade com o desenvolvimento do inquérito feito ao BES, por iniciativa nossa. Esta questão dos lesados é importante aqui uma aclaração: em relação aos lesados do papel comercial adquiriram produtos das empresas do grupo, não do banco, enquanto que os emigrantes tinham produtos do próprio banco. É uma diferença significativa e nesse sentido, nós consideramos que em relação às poupanças dos emigrantes, tendo em conta que o banco é que lidava com as suas poupanças, devem ser ressarcidos dos seus prejuízos”, defendeu na iniciativa da TVI, “Tenho uma pergunta para si”


Já sobre os lesados que tinham produtos do grupo, o líder do PCP lembra que o foi falada a criação de “um fundo de 700 milhões de euros que poderiam resolver muitos problemas em relação aos lesados do papel comercial”. Jerónimo de Sousa salienta que o PCP questionou o Governo sobre o fundo “era real” mais que obteve “coisa nenhuma” como resposta.

Jerónimo de Sousa lembrou ainda que o PCP fez uma proposta na Comissão de Inquérito ao caso BES que previa a criação de uma Unidade Técnica, mas que acabou por ser recusada.

Novamente questionado sobre a solução para os “outros lesasdos”, o líder do PCP sublinhou que a solução não pode partir mais uma vez, como no caso BPN, em que lembrou os seis mil milhões de euros, dos contribuintes portugueses.
 

“Tem de ser encontrada uma solução, será o Governo, o Banco de Portugal, o Novo Banco. Não pode ser mais uma vez os portugueses a contribuir para a resolução dos problemas do Novo Banco.”

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