Cristas quer atribuir já 1600 casas porque "é imoral" estarem fechadas - TVI

Cristas quer atribuir já 1600 casas porque "é imoral" estarem fechadas

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  • 22 set 2017, 15:59
Assunção Cristas (CDS) em campanha para a câmara de Lisboa

Candidata do CDS a Lisboa esteve no bairro do Condado, em Marvila, onde prometeu entregar, em dois meses, as casas municipais que estão fechadas

A candidata do CDS-PP à Câmara de Lisboa, Assunção Cristas, sinalizou esta sexta-feira com cartazes dezenas de casas fechadas no bairro do Condado, entre as 1.600 que estima estarem por atribuir nos bairros municipais da capital.

Esta é uma das 1.600 casas que temos contabilizadas estarem por atribuir nos bairros municipais em Lisboa. Segundo indicações dos moradores, estas casas foram renovadas e estão fechadas há quatro ou cinco anos. Neste piso apenas uma casa está habitada, o resto está assim, fechado", afirmou Assunção Cristas.

Enquanto colava um cartaz onde se lia "Uma casa = Uma família", Assunção Cristas defendeu que "não é admissível, é imoral ter casas fechadas" quando tantas casas estão sobrelotadas, há "tanta lista de espera e tantas pessoas a precisar de casa para morar".

Cheguei a entrar em casas aqui ao lado que estavam abertas, precisavam de uma pequena reabilitação para poderem ser atribuídas e, 15 dias depois quando voltei ao bairro, estavam emparedadas com uma chapa metálica", afirmou.

Acompanhada por alguns moradores e pelo candidato da coligação "Pela Nossa Lisboa" (CDS-PP/MPT/PPM) à Junta de Marvila, José Moreira, a também presidente centrista reiterou o compromisso de atribuição imediata das casas encerradas num prazo máximo de dois meses, que estima ser o suficiente para reparações.

A candidata à Câmara de Lisboa deu vários exemplos, um que a deixou "particularmente chocada" foi o de uma casa de tipologia quatro emparedada ao lado de uma outra onde vive uma família com 13 pessoas em quatro quartos, cada quarto para um filho da arrendatária da casa.

"Logo no primeiro quarto estava uma mãe com cinco filhos", disse.

A cabeça de lista da coligação "Pela Nossa Lisboa" criticou também a "degradação enorme dos edifícios", apresentando riscos de curto-circuito devido a infiltrações, no que foi secundada por uma moradora que se queixou de não poder usar energia elétrica em várias divisões da casa que partilha com a mãe.

As obras, disse, ficam-se por "limpar a cara aos prédios", ao "jeito de Fernando Medina, por fora bonitas".

Além das 1.600 casas por atribuir só nos bairros geridos pela empresa municipal de Habitação Gebalis, Assunção Cristas disse que entre o património camarário disperso pela cidade há "alguns milhares de casas" vazias quer também por ser atribuídas, quer com renda social, quer a "preços moderados para outro nível de rendimentos".

A 1 de outubro concorrem em Lisboa Assunção Cristas (CDS-PP/MPT/PPM), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE), Teresa Leal Coelho (PSD), o atual presidente, Fernando Medina (PS), Inês Sousa Real (PAN), Joana Amaral Dias (Nós, Cidadãos!), Carlos Teixeira (PDR/JPP), António Arruda (PURP), José Pinto-Coelho (PNR), Amândio Madaleno (PTP) e Luís Júdice (PCTP-MRPP).

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