«Não sou gastador», diz Santana - TVI

«Não sou gastador», diz Santana

Santana Lopes

Candidato a Lisboa defende-se do epíteto atribuído à sua gestão camarária

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O candidato do PSD à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, Pedro Santana Lopes, contestou esta quarta-feira o epíteto de «gastador» atribuído à sua gestão camarária e propôs «continuar o desnivelamento do eixo central da cidade», informa a Lusa.

Pedro Santana Lopes foi hoje o orador convidado de um almoço promovido pelo American Club de Lisboa. O ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa terminou a sua intervenção afirmando que «a propaganda diz que foi Santana, o gastador» e que isso obriga a sua candidatura a um «trabalho acrescido».

«Temos que propor, defender, estudar e lutar contra o nevoeiro», prosseguiu, rematando que está disposto a isso porque para si governar a cidade de Lisboa é uma «tarefa de sonho».

Durante o seu discurso, o ex-primeiro-ministro afirmou a ambição de «continuar o desnivelamento do eixo central da cidade para dar maior velocidade de circulação aos transportes públicos, não só 12,4 quilómetros por hora».

«Aqui não vamos ter as maçadas do Túnel do Marquês, até porque mais ninguém se lembrará de embargar a obra, como calcula, depois daquilo que hoje em dia todas as pessoas, e bem, do que isso custou à cidade, do que isso custou a todos», antecipou.

Santana Lopes argumentou que «o desnivelamento permitirá que à superfície circulem transportes públicos, os peões e ganhos em termos de ambiente como aconteceu na zona do Túnel do Marquês». «Parte dela deveria estar feita, estava pronta, planeada para ser feita com o metro da Duque de Ávila, que vai terminar lá para Julho, Agosto», criticou.

«Embirração» contra túnel

«Não faz sentido nenhum, só por embirração, ter o prolongamento do túnel até à ligação à avenida António Augusto de Aguiar fechado, mas há como que uma embirração.

Túnel soa a alguém e como soa a alguém não se acaba uma obra que muito pode também ajudar a melhorar o nosso dia-a-dia em Lisboa», disse, acusando a gestão socialista de travar a obra porque está associada ao seu nome.

Citando um «trabalho do jornal Público de 04 de Junho de 2007», Santana Lopes quis desmontar a ideia de que endividou a Câmara Municipal de Lisboa e alegou que até 2001, ano em que foi eleito, «foram contraídos 345 milhões de euros de financiamentos e amortizados 41 milhões», enquanto durante o seu mandato «foram contraídos 80 milhões e amortizados 85 milhões».
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