Novo aeroporto: Beja não é mesmo opção, garante Costa - TVI

Novo aeroporto: Beja não é mesmo opção, garante Costa

  • Henrique Magalhães Claudino
  • 17 mar 2021, 16:57
António Costa no debate preparatório do Conselho Europeu

Primeiro-ministro defendeu que a cidade está demasiado afastada da capital

O primeiro-ministro destacou esta quarta-feira no debate sobre política geral no parlamento que Beja não é solução para a construção do novo aeroporto.

Em resposta a uma questão de André Silva, do PAN, António Costa explica que colocar um aeroporto em Beja “não faz sentido”, já que a localização não pode ficar a 129 km de Lisboa.

Isso é intransponível”, afirmou.

Na sua intervenção parlamentar, André Silva referiu que ficou "contente" por saber que o Governo irá realizar uma nova avaliação estratégica para a localização do novo aeroporto, mas depressa disse que esta nova avaliação é "fictícia", porque analisa apenas duas propostas de localização - Montijo e Alcochete.

Porque é que o Governo não faz uma avaliação a sério, que inclua Beja? Tem medo dos resultados da avaliação?”, questionou André Silva.

Costa refere que a decisão tomada de fazer o novo aeroporto no Montijo foi feita porque o "Governo anterior já a tinha tomado".

As opções em cima da mesa, esclarece, são neste momento: "Alcochete, Portela + Montijo ou Montijo + Portela".

 

"Se o parlamento entender que os municípios podem ter poder de veto, arriscamo-nos a não ter aeroporto"

António Costa voltou ainda a defender a lei aprovada em Conselho de Ministros que retira o direito de veto às autarquias sobre a criação de aeroportos.

Se o parlamento entender que os municípios podem ter poder de veto, arriscamo-nos a não ter aeroporto", alerta Costa, destacando que o país está atrasado em décadas e que o novo aeroporto é "urgente".

Costa respondia a José Luís Ferreira, do PEV, que considerou a alteração da lei "grave", uma "atitude de chico-espertismo" 

Faz lembrar o cidadão que pretende estacionar o carro num sítio onde é proibido, e resolve o problema desta forma: arranca o sinal de trânsito, guarda-o na bagageira e estaciona confortavelmente”, disse o deputado.

António Costa explica que as autarquias afetadas só podem ter competências sobre dois aspetos, sendo que "a interpretação jurídica que foi feita é absurda".

Haverá sempre um município que pode dizer que não. Não pode ser", disse o PM.

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