"Pelo círculo eleitoral de Lisboa, há três dirigentes que foram apoiantes do anterior líder, António José Seguro, em zona de eleição direta e mais dois em posição de eleição quase garantida se o PS vencer as eleições legislativas", declarou à agência Lusa fonte oficial dos socialistas.
Na lista de candidatos a deputados pelo círculo de Lisboa, Álvaro Beleza e Joaquim Raposo, membros do Secretariado Nacional do PS liderado por António José Seguro, estão em 11.º e 13.º lugares, respetivamente.
O dirigente sindical da UGT Joaquim Riso está na posição 18.º e, na zona cinzenta de eleição, encontram-se Paulo Marques (22.º lugar) e o coordenador da bancada socialista para a economia, Rui Paulo Figueiredo (25.º lugar).
Fontes da corrente "segurista" e da direção do PS que têm estado envolvidas nas conversações para a elaboração das listas admitiram segunda-feira à noite à agência Lusa que, em relação às listas de deputados, o número de elementos que apoiaram o anterior líder, António José Seguro, até poderá crescer face ao número atual.
De acordo com as expetativas dos "seguristas" envolvidos nas conversações com a direção de António Costa, além dos nomes de Lisboa, o cenário mais provável aponta para a manutenção de mais cinco deputados (Alberto Martins, Nuno Sá, Fernando Jesus, António Gameiro, António Cardoso e Rosa Albernaz) e para a saída de oito (Miguel Laranjeiro, António Braga, Mota Andrade, José Junqueiro, Miguel Freitas, Luís Pita Ameixa, Jorge Fão e Maria de Belém - esta última por vontade própria).
Depois, ainda de acordo com as mesmas expetativas da corrente "segurista", poderão entrar agora para o parlamento 15 novos nomes desta linha, sobretudo provenientes dos círculos eleitorais do Porto, Santarém e Coimbra.
Fora das listas de deputados estão ainda ex-ministros como Jorge Lacão, Alberto Costa e Gabriela Canavilhas, assim como a vice-presidente da bancada socialista Inês de Medeiros.
No processo de elaboração das listas de deputados no PS, cabe às federações socialistas indicarem cerca de dois terços dos candidatos e ao secretário-geral o restante terço, mas, em última instância, compete sempre à Comissão Política proceder à aprovação final das listas.
Além das listas de candidatos a deputados, a Comissão Política de hoje também aprovará a versão final do Código de Ética, documento que tem estado a ser preparado pelos dirigentes Pedro Delgado Alves, Vitalino Canas, José Magalhães e Jorge Lacão.
Por este código de ética, entre outros pontos, os candidatos a deputados pelo PS têm de assegurar não ter dívidas ao fisco nem à segurança social, nem ainda questões com a justiça, resultantes do exercício da atividade política.