«Quero ser primeiro-ministro» - TVI

«Quero ser primeiro-ministro»

Francisco Louçã, do BE

Louçã diz que o BE «quer e está preparado para ser Governo»

Francisco Louçã garante em entrevista ao «RadioClube» e ao «Correio da Manhã» que o Bloco de Esquerda quer e está preparado para ser Governo. «Se o que nos estão a perguntar é se queremos ser Governo a resposta é sim. Se estamos preparados para ser Governo a resposta é sim. Se apresentaremos um programa concreto sobre como deve ser esse Governo evidentemente», disse o responsável do BE e adianta mesmo que quer ser primeiro-ministro: «é para isso que disputo as eleições».

Questionado sobre quais são as condições do BE para uma aliança com o PS, Louçã começa por dizer que o partido será fiel às suas convicções. ««As eleições não são uma negociação. As eleições não são um jogo político», disse. «Nós não vamos mudar de camisa na noite das eleições. Nós vamos dizer aos eleitores que é preciso um Governo de esquerda, uma política social, é preciso um Governo com prioridade social e com uma política económica com a qual nos comprometemos e por isso é preciso derrotar o Código do Trabalho, a precariedade, é preciso promover a qualidade da escola em vez do ataque aos professores, promover a qualidade da economia em vez da desagregação económica».

«Nós queremos ser maioritários. Eu quero ser totalmente claro sobre isso. Nós queremos a maioria e provámos que em grandes batalhas da sociedade portuguesa já somos maioritários, já caminhamos para construir essa maioria», adiantou.

Francisco Louçã considera que o discurso do PS sobre a maioria absoluta e a instabilidade «é uma chantagem de quem está desesperado. De quem sabe que os eleitores os estão a criticar. O PS não teve, que eu me lembre na história da política portuguesa, menos de um milhão de votos. Nestas eleições tiveram muito menos votos do que Manuel Alegre. Estão desesperados. E não percebem que os eleitores lhes puxaram as orelhas. Disseram. Isto está mal. E agora estão a dizer. Votem em nós, apesar de pensarem que estamos a fazer mal, para continuarmos a fazer mal. Isto não é possível aceitar».

«Quem ainda pensa que a política portuguesa se faz entre José Sócrates e Manuela Ferreira Leite não está a perceber o que se passa no País, não está a perceber a subida do BE e não está a perceber o sinal que os eleitores do PS deram quando se abstiveram ou votaram no BE. Eles não querem que continue esta pasmaceira pachorrenta», afirmou.
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