Montenegro acusa Ferro Rodrigues de não ter condições de isenção - TVI

Montenegro acusa Ferro Rodrigues de não ter condições de isenção

Passos Coelho no Parlamento

O líder parlamentar do PSD e o presidente da Assembleia da República envolveram-se hoje num incidente

O líder parlamentar do PSD e o presidente da Assembleia da República envolveram-se hoje num incidente, no qual Luís Montenegro reiterou que Ferro Rodrigues não tem condições de isenção e imparcialidade para o exercício do cargo.

O incidente aconteceu no início da votação na especialidade da proposta de Orçamento retificativo decorrente da resolução do Banif, quando Eduardo Ferro Rodrigues perguntou ao PS se não queria explicar uma proposta de aditamento que ia ser votada e Luís Montenegro interpelou a mesa da Assembleia para dizer que os socialistas já não tinham tempo para intervir.
 

"É extemporânea a intervenção do presidente, porque o PS teve todo o tempo disponível para esclarecer a propostas mas usou esse tempo para falar de outras coisas", começou por afirmar Montenegro.


O presidente da Assembleia esclareceu que "a mesa o que queria era que ficasse claro que qualquer dúvida que os senhores deputados tivessem, a pudessem colocar", mas o líder parlamentar reiterou os seus argumentos e disse que Ferro Rodrigues não tinha "que se intrometer na gestão do tempo do grupo parlamentar do PS".
 

"O senhor deputado e o grupo parlamentar que representa ultrapassaram o tempo em um minuto e 31 segundos, o PS ultrapassou em 0,47 segundos. Não tem autoridade moral para colocar essa questão nesses termos", respondeu Ferro, perante o protesto ruidoso das bancadas da direita.


Montenegro respondeu duramente, com o repúdio da afirmação de Ferro Rodrigues, a quem acusou de continuar a dar nota de "ainda não ter adquirido as condições de isenção e imparcialidade para o exercício do cargo".

"Não lhe admito nenhuma nota dessa natureza, o senhor deputado sabe perfeitamente que isso não é verdade", ainda respondeu o presidente da Assembleia, acrescentando que o PSD teve mais vinte minutos do que os trinta regimentalmente permitidos para a pausa que hoje houve nos trabalhos e que permitiu ao grupo social-democrata reunir-se.
 
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