OE2012: PSD saúda «postura construtiva» do PS - TVI

OE2012: PSD saúda «postura construtiva» do PS

Luís Montenegro

Sociais-democratas garantem «disponibilidade total» para o diálogo

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O PSD saudou esta sexta-feira a «postura construtiva» do PS ao decidir abster-se na votação do Orçamento do Estado para 2012 e manifestou «disponibilidade total» para o diálogo com a bancada socialista no debate deste documento no Parlamento, noticia a Lusa.

«Saudamos esta posição do PS. Queremos ver nela uma postura construtiva que sempre quisemos que o PS assumisse neste processo», disse aos jornalistas o líder parlamentar social-democrata, Luís Montenegro, numa declaração na Assembleia da República.

O deputado manifestou ainda «toda a disponibilidade» do PSD «para um diálogo democrático com o grupo parlamentar do PS agora que a proposta de Orçamento do Estado vai ser discutida e apreciada na Assembleia da República».

Para os sociais-democratas, a decisão do PS é uma «demonstração muito positiva do ponto vista interno e externo», num «momento de grande dificuldade que impõe uma grande unidade» nacional em relação aos objectivos que «o país tem necessariamente de cumprir».

Luís Montenegro considerou que «o facto de uma significativa maioria de deputados não se mostrar contrária» à proposta de Orçamento do Governo «reforça este clima de coesão e unidade» que diz ser necessário, mas «também contribui para credibilizar mais» a imagem de Portugal «junto dos parceiros europeus e das entidades que estão a financiar» o país.

Questionado sobre a disponibilidade do PSD aceitar a proposta socialista de suspender a extinção do subsídio de Natal ou de férias dos funcionários públicos e pensionistas, Luís Montenegro disse que este não é o momento para os sociais-democratas se pronunciarem sobre o questão.

«Vamos aguardar a concretização da apresentação dessa proposta ou outras que o PS queira apresentar e nessa altura tomaremos as nossas posições», afirmou, reiterando que porém a «abertura» do PSD para o diálogo «é total», apesar de a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano estar «sujeita a constrangimentos» e de «a margem de manobra ser muito curta».

«O interesse da maioria parlamentar e do Governo é que todo o país possa ser mobilizado para o cumprimento das metas [que é preciso alcançar] e não vamos contribuir para prejudicar o andamento de um processo que é complexo também do ponto de vista político», acrescentou Luís Montenegro para justificar de novo a recusa em comentar a proposta socialista em relação aos subsídios.
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