Depois do temporal, Miguel Albuquerque quer enfrentar Jardim - TVI

Depois do temporal, Miguel Albuquerque quer enfrentar Jardim

Miguel Albuquerque

Presidente da Câmara do Funchal considera o temporal de 20 de Fevereiro como o momento mais marcante da carreira

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O presidente da Câmara do Funchal considera o temporal de 20 de fevereiro de 2010 como o momento mais marcante da sua carreira. Autarca há 18 anos, Miguel Albuquerque quer agora derrotar o líder do PSD/Madeira nas eleições internas.

Num balanço dos anos de gestão da Câmara, Miguel Albuquerque elegeu o temporal de 20 de fevereiro de 2010 como os seus «pior e melhor momentos». Por um lado, o impacto «dramático» no concelho mas, por outro, permitiu demonstrar a capacidade de «intervenção de socorro», escreve a Lusa.

«Eu fui eleito diretamente quatro vezes para a câmara. Em todas as eleições ganhei com maioria absoluta, subi a votação e acho que há um reconhecimento de um trabalho que foi feito na cidade, que comporta sempre falhas - nem tudo é perfeito - mas, globalmente, os meus mandatos enquanto presidente da câmara do Funchal foram positivos», disse o autarca, que inicia este mês o seu último ano à frente da capital madeirense.

A lei de limitação de mandatos obriga Miguel de Albuquerque a abandonar a autarquia. «Democraticamente, repugna um pouco, porque a lei se devia estender a todos os cargos políticos, deputados e presidentes do governo», disse.

Miguel Albuquerque é agora candidato nas eleições diretas do PSD contra o Alberto João Jardim, que vão realizar-se a 2 de novembro. E, apesar de ter como adversário o carismático presidente, mostra-se «bastante confiante» na vitória.

«Guerra» da Câmara da Funchal com Governo Regional prejudica concelho, dizem vereadores

Os vereadores da oposição na câmara do Funchal, governada pelo PSD, reconhecem o esforço financeiro feito pelo atual executivo autárquico, mas consideram que muito por fazer por esta gestão marcada pela «guerra» com o Governo Regional.

As polémicas sobre os aterros no porto do Funchal e o impasse numa série de projetos são algumas das críticas apontadas pela oposição, que tem quatro elementos na vereação camarária, com eleitos do PS, CDS, CDU e PND.

O vereador socialista, Rui Caetano, reconhece «algum trabalho positivo» da vereação do PSD, «o esforço do ponto de vista financeiro», o trabalho desenvolvido para dinamizar o centro da cidade e promover a mobilidade, mas destaca que foi uma gestão que fica marcada pela «guerra» com o Governo Regional e «deixa uma série de questões por resolver, sobretudo na área da habitação».

«Foi marcante a guerra, que deixou de ser tática e passou a efetiva e clara, com o Governo Regional e houve vários diferendos, embora considere que a câmara perdeu em todos», diz Rui Caetano

O autarca eleito pelo CDS/PP, Lino Abreu, também elogia a atual vereação do PSD no município do Funchal porque «conseguiu reorganizar toda a sua gestão financeira e houve alguma contenção e rigor em algumas despesas», conseguindo ter uma capacidade de endividamento acima dos 25 milhões de euros.

«Mas a câmara esteve afastada das obras e da responsabilidade social e foram três anos de uma luta entre a câmara do Funchal e a Vice-presidência do Governo Regional que prejudicou também a execução de muito projetos e foi uma guerrilha interna que fez com que o contrato programa celebrado, na ordem dos seis milhões de euros, seja um valor aquém do desejável», argumenta.

O vereador da CDU, Artur Andrade, considera que o PSD na câmara do Funchal desenvolveu uma «política elitista» e criou uma «cidade de primeira e outra de segunda», dividindo a baixa e a parte turística das as zonas altas do concelho.

Também para o autarca comunista «há graves problemas sociais, nomeadamente no que respeita à habitação».

Já Gil Canha do PND, apenas considera positivo nesta vereação do PSD a construção do teleférico e as hortas urbanas, porque «quanto ao resto a gestão de Miguel Albuquerque é uma perfeita tragédia, equiparável à de Alberto João Jardim».

«Em termos urbanísticos Miguel Albuquerque destruiu mais a cidade que o bombardeamento do submarino alemão na I Guerra Mundial», disse.
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