Covid-19: "Não temos nenhuma justificação para o fecho de fronteiras", diz Governo - TVI

Covid-19: "Não temos nenhuma justificação para o fecho de fronteiras", diz Governo

  • CE
  • 13 mar 2020, 16:23
Eduardo Cabrita

Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, disse que, neste momento, não se justifica o encerramento das fronteiras portuguesas, nem o fecho da rede de transportes públicos, como o metro

O ministro da Administração Interna disse esta sexta-feira que, neste momento, não se justifica o encerramento das fronteiras portuguesas, nem o fecho da rede de transportes públicos, como o metro, devido ao novo coronavírus.

Exceto aos cruzeiros e aos voos provenientes de Itália, neste momento, não temos nenhuma justificação que fundamente o encerramento total de fronteiras”, afirmou Eduardo Cabrita numa conferência de imprensa em Lisboa sobre a situação de alerta declarada hoje.

O ministro explicou o que distingue a atual situação de contingência de outras já conhecidas em Portugal, como inundações, incêndios florestal ou as medidas tomadas a propósito do abastecimento de combustíveis no ano passado.

Não há aqui qualquer possibilidade de determinar previamente em que parte do território nacional e durante quanto tempo se verificaram circunstâncias mais complexas”, afirmou, sublinhando que há um conjunto de níveis de medida prevista.

Segundo Eduardo Cabrita, a Lei de Base de Proteção Civil prevê vários níveis de intervenção, designadamente o estado de alerta, estado de contingência e estado de calamidade.

O governante sustentou que foi considerado que “a situação de alerta é adequada ao quadro que se enfrenta e que dá todos os meios”.

Questionado sobre os transportes públicos, referiu que está a ser adequado a criação de mecanismo que garantem a sua desinfeção com maior periodicidade e o aconselhamento a todos os cidadãos que tenham aqui também as práticas de proteção individual e de comportamentos de segurança adequadas.

Por isso, não se coloca neste momento a possibilidade de cessação do funcionamento da rede de transportes públicos, designadamente o metro”, sublinhou.

Em Portugal, os últimos números da Direção-geral de Saúde apontam para 112 doentes, não havendo até ao momento registo de nenhuma morte.

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