Tancos: ministra recusa ter informado homólogo espanhol - TVI

Tancos: ministra recusa ter informado homólogo espanhol

  • 3 jul 2017, 19:34
Constança Urbano de Sousa e o ministro espanhol Juan Ignacio Zoido

Constança Urbano de Sousa diz que não dispõe de informações detalhadas sobre o roubo de material de guerra. Mas assegura que as autoridades portuguesas estão a “fazer tudo” para investigar o furto

A ministra da Administração Interna disse esta segunda-feira ao seu homólogo espanhol que as autoridades portuguesas estão a “fazer tudo” para investigar o furto de material de guerra em Tancos, investigação que está a cargo da Polícia Judiciária.

Constança Urbano de Sousa esteve em Sevilha na reunião do G4 sobre segurança, que integra Portugal, Espanha, França e Marrocos.

Aí esclareceu o ministro do Interior de Espanha que as investigações estavam a cargo da Polícia Judiciária, tutelada em Portugal pelo Ministério da Justiça, pelo que “não dispunha, nem podia dispor de informações detalhadas sobre investigações em curso”, refere uma declaração escrita do Ministério da Administração Interna (MAI) enviada à agência Lusa.

As autoridades portuguesas estavam a fazer tudo o que estava ao seu alcance para investigar este caso”, terão sido as palavras da ministra portuguesa na reunião do G4.

O jornal El Mundo, citando fontes do Ministério do Interior de Espanha, noticiou que o furto de material de guerra em Tancos poderá estar ligado a redes de tráfico internacional de armas e não ao jiadismo, uma informação que teria sido avançada ao ministro espanhol, Juan Ignacio Zoido, durante a reunião do G4.

Na declaração enviada à Lusa, o Ministério da Administração Interna refere que a notícia do El Mundo “não corresponde à verdade”.

O furto de material de guerra em paióis de Tancos foi detetado na quarta-feira ao final do dia. O Exército anunciou então que desapareceram granadas de mão ofensivas e munições de calibre de nove milímetros.

No domingo, o jornal espanhol El Español divulgou uma lista de armamento, que diz ser "o inventário definitivo" do material furtado, distribuída às forças antiterroristas europeias.

A lista publicada pelo jornal, não confirmada pelo Exército português, inclui 1.450 cartuchos de munição de nove milímetros, 18 granadas de gás lacrimogéneo e 150 granadas de mão ofensivas.

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