A coligação é um fator de «instabilidade» - TVI

A coligação é um fator de «instabilidade»

Manuel Alegre

Avisa Manuel Alegre que realça não se poder «invocar» a crise para «evitar soluções democráticas»

O socialista Manuel Alegre afirmou esta terça-feira, em Braga, que a coligação PSD/CDS-PP, que sustenta o Governo, «é um fator de instabilidade» e que não se pode «invocar» a crise para «evitar soluções democráticas» como novas eleições.

À margem da apresentação do mais recente livro, «Tudo É e Não é», o ex-candidato à Presidência da República lançou críticas ao Governo defendendo que este «ameaça» com mais austeridade numa altura em que a política austera «está a dar resultados terríveis» na Europa.

Depois de se ter recusado a comentar a reunião do Conselho de Estado de segunda-feira, Manuel Alegre disse ainda que «há sinais» de mudança na Europa e que «já nem Berlim» quer assumir a responsabilidade pela austeridade.

«A coligação é, neste momento, um fator de instabilidade, portanto há mais do que razões para que se dê de novo a palavra ao povo» afirmou Alegre.

Para Manuel Alegre, «a democracia não está suspensa» e «não se vai invocar a crise para evitar soluções democráticas», defendendo assim, novamente, eleições antecipadas.

Segundo o histórico socialista, a referida «crise» na coligação PSD/CDS-PP foi «introduzida» pelo anúncio de uma taxa sobre as pensões, que o Governo tem dito que só será aplicada como 'último recurso'.

Sobre as políticas de austeridade, Alegre deixou também uma crítica ao Governo liderado por Passos Coelho.

«Quando a austeridade está a dar estes resultados terríveis de recessão, em Portugal ameaçam-nos com mais austeridade, um corte de 4 mil milhões de euros que visam sobretudo atingir as funções sociais do Estado», apontou.

O ex-deputado disse ainda que «neste momento há sinais na Europa que as coisas estão a mudar» e que a política de austeridade começa a não ter defensores.

«Ninguém quer assumir a responsabilidade da austeridade, nem Berlim, nem a senhora Merkel, que agora descarregam para a Comissão Europeia», disse.
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