Quase no fim da sua visita privada a Angola, Manuel Alegre procurou evitar falar da sua candidatura à Presidência da República, mas garantiu que a decisão final não depende de apoios «deste ou daquele».
Em entrevista à Lusa, RTP, Sol e ao jornal angolano Novo Jornal, Manuel Alegre disse já ter «os sinais suficientes» para tomar uma decisão, até porque já foi a votos uma vez «sem sinais nenhuns» e ficou a 29 mil votos de uma segunda volta.
«Tenho os sinais suficientes para tomar uma decisão... já fui a votos uma vez, sem sinais nenhuns e fiquei a 29 mil votos de uma segunda volta, já tive os sinais suficientes, mas não é isso que está em causa, o apoio deste ou daquele», disse.
Lembrou já ter afirmado «uma disponibilidade» e que, a seguir a isso, «verificaram-se determinados acontecimentos, apoios expressos, a criação de uma dinâmica, mas antes da decisão final há vários factores a ponderar».
«Estive fora do país, e esta visita a Angola (onde esteve, 48 anos depois, no local, Nambuangongo, onde cumpriu o serviço militar e viu morrer amigos) tocou-me afectivamente, portanto a decisão será como a poesia, são...», deixou no ar o resto para os jornalistas interpretarem.
Sublinhou ter ainda de «ponderar vários fatores» mas, «se for lá (a votos)», é para «disputar em condições de igualdade a vitória».
Questionado se o momento difícil que o país vive é o mais indicado para uma candidatura, Manuel Alegre defendeu que «é nas horas difíceis que se conhecem os homens e os líderes políticos, é nas horas difíceis que os países precisam de lideranças fortes, não é essa a razão para decidir».
Alegre: candidatura não depende de apoios
- tvi24
- PP
- 9 mar 2010, 22:51
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