Manuel Alegre exige a Nóvoa que corrija afirmação de resultado inédito - TVI

Manuel Alegre exige a Nóvoa que corrija afirmação de resultado inédito

Manuel Alegre no Congresso do PS (ESTELA SILVA / LUSA)

Histórico socialista lembra que a sua candidatura nas eleições de 2006 conseguiu mais votos que a de Sampaio da Nóvoa

O "histórico" socialista Manuel Alegre exigiu ao candidato presidencial Sampaio da Nóvoa que corrija a afirmação que proferiu de que a sua candidatura foi a primeira de um independente a ultrapassar um milhão de votos.

No seu discurso na noite eleitoral de domingo, o ex-reitor da Universidade de Lisboa, citado pela edição online do "Expresso", declarou que, "pela primeira vez na nossa democracia, um candidato independente ultrapassou os 20% e alcançou um milhão de votos".

Ora, segundo Manuel Alegre, em 2006, a sua primeira candidatura presidencial, que não tinha o apoio de nenhuma força política, obteve 21%, cerca de 1,2 milhões de votos.

"Não é verdade o que Sampaio da Nóvoa anda a dizer. Tem de haver rigor e memória histórica", protestou o ex-candidato presidencial.


De acordo com Manuel Alegre, na História da democracia portuguesa, a primeira "candidatura cidadã foi a de Maria de Lurdes Pintassilgo, uma grande mulher política, em 1986, com 7,5 por cento dos votos".

"A seguir foi a minha candidatura em 2006, com o lema ‘O poder dos cidadãos', tendo como opositor Mário Soares, fundador do PS e apoiado pelo partido. Não se pode pretender fazer História esquecendo a História que está para trás. Há várias coisas em que se pode tentar dar a volta, mas não aos registos dos resultados oficiais", disse, numa crítica ao ex-reitor da Universidade de Lisboa.

Manuel Alegre também recusou a Sampaio da Nóvoa o estatuto de candidato independente nas eleições para Presidente da República.

"Ao contrário do que aconteceu comigo em 2006, ele [Sampaio da Nóvoa] teve o apoio dos principais dirigentes do PS e da maioria dos membros do Governo. Ele, portanto, que faça o favor de corrigir, caso contrário corrijo-o eu. Corrijo eu com os números do Ministério da Administração Interna", acrescentou o "histórico" socialista.
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