"Ninguém percebeu por que não houve consenso entre PSD/CDS e o PS" - TVI

"Ninguém percebeu por que não houve consenso entre PSD/CDS e o PS"

    Manuela Ferreira Leite
  • Élvio Carvalho
  • 3 dez 2015, 22:29

Comentário de Manuela Ferreira Leite no programa "Política Mesmo" da TVI24

Manuela Ferreira Leite disse compreender a decisão do PSD e do CDS em apresentarem uma moção de rejeição contra o programa do Governo, dadas as condições da sua chegada ao poder, porém lamentou que a discussão no parlamento não tenha servido para identificar os pontos do programa que os dois partidos consideram contrários aos interesses do país.

No programa “Política Mesmo” da TVI24, a comentadora, e ex-presidente do PSD, frisou que é altura dos dois partidos deixarem de lado o facto de o PS ter ficado em segundo nas eleições, e de começar a fazer o trabalho de partidos da oposição.

“O tempo passou e muito poucas pessoas gostam de ouvir o mesmo mote. Aquilo que neste momento se espera da oposição é que identifique aquilo que pensa que é contrário aos interesses do país, e que explicite bem quais são os seus pontos de vista relativamente aos apresentados. Fez-se a discussão do programa do Governo, há uma moção de rejeição, há votações, e ninguém percebeu por que é que não houve um consenso entre a Coligação PSD/CDS e o PS. [Devia ter-se percebido] onde é que estão contra, o que é que foi inultrapassável."


Para Manuela Ferreira Leite o discurso de que o Governo liderado por António Costa é ilegítimo já não pode servir, pois a partir do momento em que Cavaco Silva deu posse ao líder socialista, essa questão deixou de se poder colocar.

“Compreendo que tenham apresentado uma moção de rejeição, mas (…) [queria] que não tivesse como fundamento a ilegitimidade do Governo. A despeito do que já foi dito em termos partidários sobre a ilegitimidade da situação, sobre o desagrado que causou, a despeito disso, agora estamos numa fase diferente. É um Governo que é legítimo do ponto de vista da Assembleia e do ponto de vista institucional a todos os títulos. Foi-lhe dada posse pelo Presidente da República (…), a partir daí o Governo é legítimo."

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