Comissão contra a discriminação racial investiga cartaz do PSD Seixal acusado de xenofobia - TVI

Comissão contra a discriminação racial investiga cartaz do PSD Seixal acusado de xenofobia

  • João Guerreiro Rodrigues
  • 14 set 2021, 10:01
PSD Seixal

Denunciantes alegam que o conteúdo do cartaz que mostra Mao Tsé-tung discrimina “o povo chinês" e que apresenta uma visão “diminuidora da cultura chinesa”. Candidato do PSD desvaloriza acusação, garantindo as denúncias foram feitas por quem lida mal com a oposição

O candidato PSD ao Seixal, Bruno Vasconcelos, foi acusado de xenofobia e discriminação, depois de terem chegado denúnicas junto da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) em relação a um dos cartazes dos sociais-democratas no concelho.

Em causa está um cartaz da candidatura do partido à Câmara do Seixal que continha a imagem do ditador chinês Mao Tsé-tung com a frase “depois de 45 anos a comer arroz, vais votar nos mesmos de sempre? Mao, mao, Maria”. 

Os denunciantes alegam que o conteúdo do cartaz discrimina “o povo chinês, sendo assim um ato xenófobo” que apresenta uma visão “diminuidora da cultura chinesa”

Num comunicado enviado à redação da TVI, o candidato do PSD mostrou-se disponível para responder às questões colocadas pelo CICDR, sublinhando estar “de consciência tranquila”. 

Bruno Vasconcelos afirma ainda que “estas denúncias foram certamente feitas por pessoas que lidam muito mal com o contraditório e com oposição", garantindo ainda que o intuito do cartaz “é claro”. 

Trata-se de um jogo com a expressão ‘Outra vez arroz?’, já que o Seixal é governado pelos mesmos há 45 anos. A associação que há entre imagem e texto é, claramente, com a frase ‘Mao, Mao, Maria’. Qualquer outra associação, especialmente uma xenófoba, é da responsabilidade de quem assim o quer interpretar”, refere o candidato social-democrata.

Para Bruno Vasconcelos, a campanha do PSD no Seixal, que tem vindo a causar alguma polémica, tem como objetivo “lembrar o eleitorado seixalense de algumas referências do PCP”, utilizando algumas “figuras comunistas sanguinárias”, para recordar as “consequências de deixar levar a ideologia comunista avante”. 

Já fomos de Stalin e Fidel até Mao, podendo ainda passar por uns quantos mais, não sendo minimamente relevante a sua raça ou etnia, apenas a sua ideologia”, reforçou.

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