Covid-19: Marcelo diz que o desafio nacional é que o ano letivo corra bem - TVI

Covid-19: Marcelo diz que o desafio nacional é que o ano letivo corra bem

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  • Publicado por MM
  • 15 set 2020, 17:30

Se esse não for cumprido com sucesso, não há planos para a economia, saúde e justiça social que funcionem, considera o Presidente. Marcelo Rebelo de Sousa deixou ainda um apelo: pediu que se evite uma concentração de peregrinos nas procissões de outubro em Fátima

O Presidente da República disse, esta terça-feira, que o “desafio e missão nacional” é que o ano letivo corra bem porque, se esse não for cumprido com sucesso, não há planos para a economia, saúde e justiça social que funcionem.

Isto é uma tarefa nacional, todos estamos interessados em que o ano letivo corra bem, é uma missão nacional, não é a missão de um governo, de um partido, de um sindicato, de um patronato, de responsáveis de escolas, de pais, de alunos ou de autoridades sanitárias, é uma missão de todos”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, numa visita à Escola Básica de Gueifães, na Maia, distrito do Porto, acompanhado do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.

Assumindo que vai ser um ano letivo “difícil”, o Chefe de Estado frisou que, dentro das suas dificuldades, vai ter de correr “o melhor possível” porque, se assim não for, é o país, as crianças e jovens, os pais, os professores, os auxiliares e os autarcas que perdem o ano.

E isso não é possível, não é concebível e não vai acontecer”, sublinhou.

Manifestando-se convicto de que o ano vai correr bem, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que o desafio de Portugal é fazer com que corra bem porque, se assim não for, não há planos para o emprego, justiça social, economia e saúde que funcionem porque “está tudo ligado”.

“Nós vamos ganhar o ano”, afirmou o Presidente da República, acrescentando que todos aqueles que têm uma palavra a dizer, desde alunos, professores, dirigentes, tem de “remar no mesmo sentido transformando aquilo que é um pequeno problema num pequeno problema que se resolve e não num pequeno problema que se converte num grande problema”.

Pedindo um “esforço conjunto” e a colaboração de todos os portugueses para que o “desafio e missão nacional” seja alcançado, o Chefe de Estado vincou que se houver “atenção, comunicação, diálogo e rapidez de respostas” os problemas resolvem-se e não crescem.

Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar que quando se chegar ao Natal se olhe para trás e se possa dizer: “o que parecia muito complicado é agora menos, apesar de ainda continuar a levantar algumas questões, mas ultrapassamos o tempo mais difícil”.

Os primeiros dias de aulas vão ser para muitos jovens, professores, pais e encarregados de educação de expectativa, dúvida e ansiedade, mas 15 dias e um mês depois tudo será diferente, considerou.

O Presidente da República assumiu ter a certeza que “aos poucos e em conjunto” será possível ultrapassar as dúvidas e converte-las em confiança e esperança.

Marcelo Rebelo de Sousa deixou ainda um apelo: pediu que se evite uma concentração de peregrinos nas procissões de outubro em Fátima.

Deus queira que eu me engane relativamente ao facto de se entender que 50.000 pessoas no dia 13 de outubro é uam realidade, não é que não respeite as regras sanitárias - a DGS diz que sim. Mas não é disso que se trata. É da perceção da sociedade portuguesa num momento em que há 400, 500 casos", sublinhou.

Ao longo da visita, que durou cerca de uma hora, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a ser professor, embora por breves instantes, e fez questão de ir questionando os alunos sobre as regras a adotar para fazer face à pandemia da covid-19.

O início do ano letivo começou na segunda-feira e estende-se até quinta-feira, num contexto de pandemia da covid-19 que obrigou as escolas a implementar um conjunto de regras de segurança, definidas pelo Ministério da Educação e pela Direção-Geral da Saúde.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 929.391 mortos e mais de 29,3 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.875 pessoas dos 65.021 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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