Covid-19: "Não penso que haja o risco de haver recuos", afirma Marcelo - TVI

Covid-19: "Não penso que haja o risco de haver recuos", afirma Marcelo

  • Henrique Magalhães Claudino
  • 5 ago 2021, 16:37

Marcelo insistiu na vacinação dos mais jovens, traçando um paralelo com o início do uso de máscaras em Portugal

O Presidente da República disse esta quinta-feira que o Governo tomou "uma boa decisão" em abrir mais a economia à sociedade portuguesa e sublinhou que o país não corre o risco de voltar a enfrentar restrições mais duras para conter a pandemia.

Questionado sobre se pensa que Portugal está num ponto de não retorno face à reabertura da economia, Marcelo afirma que a economia tem mostrado uma recuperação "muito melhor do que aquela que nós temíamos" e elogia os esforços de setores como a construção civil, indústria exportadora e agricultura nos resultados trimestrais.

"Está a ser criada uma dinâmica e portanto eu não penso que haja o risco de haver recuos naquilo que interessa a todos que é que este trimestre, esquecendo o mês de julho, seja um trimestre bom e o quarto trimestre melhor. Ao nível do segundo trimestre, foi uma boa surpresa ", disse numa mensagem onde também elogiou o feito de Pedro Pichardo que conseguiu o ouro em Tóquio, depois de ter saltado 17.98 metros.

Durante o discurso, Marcelo insistiu na necessidade da vacinação de menores e admitiu ter a esperança de que "seja rápida a vacinação daqueles que têm idades entre os 16 e os 17 anos", desejando que seja possível "chegar-se àquilo que ainda não é para agora, mas que espero que venha a acontecer no futuro, nas idades entre os 12 e os 15 anos".

"Já acontece na Madeira, espero que venha a acontecer também nos Açores e no continente”, disse, destacando que as dúvidas que existem "não são tanto dúvidas de princípio quanto, como ontem esclareciam as autoridades sanitárias, de momento".

O Chefe de Estado traçou ainda um paralelo sobre a vacinação nas idades mais baixas e o uso de máscaras e lembrou que andou a pregar no deserto durante meses acerca da utilidade das máscaras. "Dois meses depois concluía-se que eram fundamentais”, afirmou o Presidente no Palácio de Belém.

 

“Portugal é grande quando consegue a integração efetiva”

A intervenção do Presidente da República começou por dar destaque à “alegria” que é Portugal ter obtido o “melhor resultado de sempre nos Jogos Olímpicos”. Marcelo defendeu mesmo que “Portugal é grande quando consegue a integração efetiva”.

É bom que pensemos que, dos quatro medalhados, três são de origem direta ou indireta africana: um afro-cubano português, uma angolana portuguesa, outro são-tomense português. Isto mostra que realmente Portugal é grande quando consegue a integração efetiva daqueles que de fora vêm, cá nasceram, ou não nasceram cá e cá chegaram no decurso das suas vidas”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Realçando que a “força de Portugal” reside na diversidade cultural, Marcelo Rebelo de Sousa frisou que, quando, “de vez em quando”, se encontra em Portugal “tantos que aberta ou veladamente têm na cabeça fantasmas de discriminação étnico racial”, devem lembrar-se que, “quando se orgulham com medalhas nas olimpíadas", essas são devidas "a todos eles: portugueses hoje, mas de várias origens, de várias etnias”.

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