Covid-19: "Nem facilitismo, nem alarmismo", pede Marcelo - TVI

Covid-19: "Nem facilitismo, nem alarmismo", pede Marcelo

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  • 6 jun 2020, 14:44

Presidente descreveu que, independentemente do número crescente de contágios em Lisboa, ou com um reforço dos testes na área da construção civil, é preciso não generalizar

O Presidente da República pediu que não se facilite nem se entre em alarmismo com a situação da pandemia de covid-19 na região de Lisboa, onde tem vindo a registar-se um aumento no número de contágios.

“Não podemos facilitar, mas não podemos cair no alarmismo oposto. Há aqui um equilíbrio que é preciso manter”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas na Ericeira, concelho de Mafra, em Lisboa, onde foi tomar um banho na abertura da época balnear.

O Presidente descreveu que, independentemente do número crescente de contágios, por exemplo na Azambuja, ou com um reforço dos testes na área da construção civil, é preciso não generalizar.

“Não podemos confundir uma ação massiva [de testagem] na área da construção civil em cinco municípios com uma disseminação [da doença] na sociedade”, disse, alertando que todos “devem respeitar as regras sanitárias”, de distanciamento, na restauração, nas praias, no uso de máscara.

“Deve fazer-se um processo evolutivo”, disse o Presidente, que só tirou a máscara quando foi tomar um banho de mar de 20 minutos.

Marcelo Rebelo de Sousa fez, aliás, um elogio à estratégia de testagem de trabalhadores da construção civil: “O que está a ser feito está a ser bem feito, para se saber o que se passa.”

Presidente alerta que plano do Governo é almofada e não milagre

O Presidente da República alertou hoje que o plano de estabilização do Governo para combater os efeitos da pandemia de covid-19 “não faz um milagre”, é “uma almofada” para o que é preciso fazer nos próximos anos.

Dois dias depois de o executivo ter aprovado o Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) em Conselho de Ministros, Marcelo Rebelo de Sousa recordou que ele próprio e o primeiro-ministro, António Costa, têm dito que a situação do país “é brutal” e que “será um processo difícil” até se conseguir uma recuperação económica e social.

“O plano de estabilização é para fazer a transição, amortecendo daqui até ao fim do ano, mas depois há muito trabalho pela frente”, afirmou Marcelo aos jornalistas, encostado a um muro da rua de acesso à praia da Ericeira, concelho de Mafra, distrito de Lisboa, onde foi tomar um banho.

É um trabalho, disse, para fazer em 2021, 2022, porque recomeçar o turismo leva tempo, mas "recomeçar o investimento também”, afirmou.

Este é um tempo, admitiu aos jornalistas, de convergência com o executivo da parte do chefe do Estado português, a exemplo do que acontece com o Presidente de Itália ou com o Rei de Espanha.

O que “não quer dizer que concorde com tudo o que o Governo” faz, disse.

O mais importante nesta fase, sublinhou, é que é preciso “juntar esforços” com o Governo em Bruxelas e no que “é fundamental na saúde pública”.

Marcelo visita no domingo concelho açoriano com mais casos e mortes

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, desloca-se no domingo a São Miguel, nos Açores, onde irá visitar o concelho do Nordeste, o que registou mais casos e mais mortes por covid-19 no arquipélago.

A visita do PR foi conhecida na sexta-feira, dia em que os Açores ficaram livres de casos ativos de covid-19, após a recuperação do último infetado.

Marcelo Rebelo de Sousa irá ao Nordeste visitar o Centro de Saúde e o lar de idosos, que registou a maioria das mortes nos Açores.

No total, foram detetados na região 146 casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, verificando-se 130 recuperados e 16 óbitos.

Dos 146 casos, 108 foram registados São Miguel, 11 na Terceira, cinco na Graciosa, sete em São Jorge, dez no Pico e cinco no Faial.

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