O Presidente da República afirmou esta quarta-feira que até às eleições legislativas de 6 de outubro manterá uma "agenda reduzida ao mínimo", mas acrescentou que está "atentíssimo" à campanha que, no seu entender, tem sido "exaustiva".
"Tem sido, como é que eu hei de dizer, uma pré-campanha e uma campanha em geral longa, exaustiva, com muitas entrevistas, com muitos debates, com muito esclarecimento dos cidadãos. E o Presidente da República também é cidadão, também tem o seu direito de voto, portanto, também ganha com o esclarecimento", declarou.
Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas à saída do lançamento do livro "Uma campanha americana: Humberto Delgado e as Presidenciais de 1958", da jornalista da TVI Joana Reis, editado pela Tinta-da-China, no Museu da Presidência da República, em Lisboa, disse que está a acompanhar o período eleitoral "atentíssimo, como qualquer cidadão".
Quanto à sua atuação até ao dia das eleições legislativas, o chefe de Estado referiu que "para não haver sobreposições nem interferências, há de facto uma agenda reduzida ao mínimo".
"São compromissos internacionais - as Nações Unidas, entre dia 22 e dia 25 ou 26 -, uma ou outra cerimónia que já estava apalavrada, em termos militares, uma na Escola Naval e outra a ida às Operações Especiais, em Lamego, e penso que muito pouco mais", adiantou.
Pasta atribuída a Elisa Ferreira é "importante para Portugal"
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que a pasta atribuída a Elisa Ferreira na Comissão Europeia é "importante para Portugal", porque junta a coesão com uma ideia de sustentabilidade e reformas estruturais.
"Reunir isto tudo numa só pasta - são, no fundo, várias pastas numa só pasta - penso que é imaginativo e é bom para nós", afirmou o chefe de Estado.
Em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa começou por referir que já "tinha uma ideia de qual seria a pasta" da comissária designada por Portugal - Coesão e Reformas - e considerou que "é uma pasta importante, por várias razões".
"A primeira, porque reúne a ideia de coesão, que nós defendemos desde sempre, mas em que éramos suspeitos de defender a pensar nos fundos. E, por isso, sempre se pensou que nunca viria parar a Portugal uma pasta que envolvesse fundos e coesão. Veio", destacou.
O Presidente da República salientou também o facto de a pasta atribuída a Elisa Ferreira envolver "uma ideia de sustentabilidade" e "a ideia de reformas estruturais".
"Há reformas estruturais que a União Europeia tem de fazer e é criada uma nova direção-geral para essas reformas estruturais. Portanto, não é a coesão só, tentar reequilibrar os que estão desfavorecidos na Europa, é o que é preciso fazer na Europa toda para ela ser no futuro menos desigual e mais capaz de enfrentar os grandes desafios científicos, tecnológicos da revolução digital", acrescentou.
A presidente eleita da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, divulgou na terça-feira a distribuição de pelouros da sua equipa.
Elisa Ferreira trabalhará de perto com o vice-presidente executivo Frans Timmermans, que supervisionará o trabalho da comissária da Coesão e Reformas, assim como dos comissários responsáveis pela Agricultura, Saúde, Transportes, Energia e Ambiente e Oceanos.