Marcelo adia opinião sobre processo do Novo Banco - TVI

Marcelo adia opinião sobre processo do Novo Banco

Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República prefere esperar, para falar sobre processos do Novo Banco e da CGD. Já quanto à violência, toxicodependência e sexo são assuntos que devem ser falados nas escolas

Cascais, Escola Secundária Ibn Mucana, o Presidente da República foi confrontado com questões da área da Educação, mas também com os problemas que assolam a gestão de instituições financeiras nacionais. Seja a Caixa Geral de Depósitos, com o decurso da comissão parlamentar de inquérito que ouviu esta quarta-feira o presidente cessante António Domingues, seja o Novo Banco, sobre o qual o ministro das Finanças chega a admitir a sua nacionalização.

Eu acho que é prematura uma opinião. O Banco de Portugal ainda não se pronunciou publicamente, o Governo depois vai pronunciar-se", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, quando confrontado com a questão da venda do Novo Banco, acrescentando que "não sabemos se haverá depois ainda negociações. Vamos esperar para ver".

"Esperar para ver" é também a posição do Presidente da República, sobre a subida da inflação na zona euro, e em particular na Alemanha, e a forma como isso poderá afetar o comportamento do Banco Central Europeu e os juros da dívida pública portuguesa.

Já sobre a situação na Caixa Geral de Depósitos, Marcelo reiterou que, sobre esse tema, "o que tinha a dizer já disse" e considerou que "o fundamental é que está a começar a recapitalização, com o começo do ano".

Isso é que é importante para os portugueses: uma Caixa portuguesa, pública, forte, com capital. Isso é o mais importante", defendeu.

Falar de ambiente a toxicodependência na escolas

Em visita à Secundária Ibn Mucana, o Presidente da República considerou-se "muito pouco conservador" e defendeu que a educação para o ambiente, tal como os temas da violência, toxicodependência e sexo devem ser falados na escola.

A educação para o ambiente é crucial, deve começar no básico do básico, para não dizer no pré-escolar", afirmou o chefe de Estado, acrescentando que é "muito pouco conservador" em certas realidades.

Eu aí, confesso, sou muito pouco conservador. Acho que há realidades como a violência, o ambiente, a toxicodependência, o sexo, e outras realidades assim, em que, à sua maneira, tem de se ter a noção do que é respeitar as outras pessoas e viver com elas, e que há formas diferentes de falar disso em vários momentos da vida", declarou.

Segundo o Presidente da República, "é um absurdo achar que as pessoas podem contactar com essas realidades no dia a dia, na televisão, na Internet, e não falar nisso na escola".

Sobre o ambiente, o Presidente da República defendeu que "não há verdadeiro desenvolvimento humano se, além de haver criação de riqueza, não houver criação de condições ambientais em geral para todos", a nível global.

Isso leva a alterar a forma como se cria a riqueza, como se produz, como se vive. Temos de mudar a nossa maneira de viver, a maneira como se consome", advogou.

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