Marcelo considera ter sido "muito útil" ir a Tancos - TVI

Marcelo considera ter sido "muito útil" ir a Tancos

  • Atualizada às 18:51
  • 4 jul 2017, 18:22

Presidente da República ressalvou que "outra coisa é vir ao terreno”, após ter estado nas instalações de Tancos, de onde desapareceu material de guerra

O Presidente da República visitou os paióis nacionais de Tancos, alvo de um assalto classificado de “muito grave” a semana passada, numa deslocação que considerou “muito útil”.

Foi muito útil e importante em termos informativos a vinda cá. É completamente diferente ter a noção distante e outra coisa é vir ao terreno”, disse Marcelo Rebelo de Sousa no final de uma visita, que durou cerca de duas horas, ao local onde se situam os Paióis Nacionais de Tancos, em Vila Nova da Barquinha, no distrito de Santarém.

O Presidente da República quis “saudar a investigação em curso, os passos dados” e exprimir o seu apoio, lembrando que, “desde a primeira hora, disse que era fundamental levar a investigação até ao fim”.

Acompanhado pelo ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e pelos chefes do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Pina Monteiro, e do Exército, general Rovisco Duarte, numa delegação que incluiu ainda o secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrelo, e elementos da Polícia Judiciária Militar, Marcelo Rebelo de Sousa visitou a área onde se situam os 15 paióis e cinco paiolins, dentro do perímetro militar de Tancos, no concelho de Vila Nova da Barquinha, no distrito de Santarém.

Foi útil muito útil em termos informativos e também ocasião para apoiar a investigação em curso e apoiar e incentivar aquilo que venham a ser os passos seguintes na investigação”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas no final da visita.

O Exército anunciou na quinta-feira que foi detetada na quarta-feira, ao final do dia, a violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos e o arrombamento de dois 'paiolins', tendo desaparecido granadas de mão ofensivas e munições de calibre nove milímetros.

MP abriu inquérito

Na sexta-feira, o Exército acrescentou que entre o material de guerra roubado na quarta-feira dos Paióis Nacionais de Tancos estão "granadas foguete anticarro", granadas de gás lacrimogéneo e explosivos, mas não divulgou quantidades.

Na sequência do furto, o chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, demitiu cinco comandantes de unidades do ramo para não interferirem com os processos de averiguações sobre o furto de material de guerra em Tancos.

Num comunicado divulgado esta terça-feira, o Ministério Público informou que foi aberto um inquérito, estando em causa suspeitas da prática dos crimes de associação criminosa, tráfico de armas internacional e terrorismo internacional.

No perímetro militar de Tancos estão localizados os regimentos de Engenharia n.º 1 e de Paraquedistas, o Comando da Brigada de Reação Rápida e os Paióis Nacionais de Tancos, que estão sob o controlo da Unidade de Apoio Geral de Material do Exército (UAGME), com sede em Benavente.

Além da demissão dos comandantes destas quatro unidades, três coronéis e um tenente-coronel (Benavente), foi ainda destituído o comandante do Regimento de Infantaria n.º 15, de Tomar, também responsável pela segurança do perímetro, afirmou fonte do Exército.

O tenente-coronel Vicente Pereira, porta-voz do Exército, adiantou que o material existente nos paióis nacionais é todo registado pela Entidade Gestora da Direção de Material e Transporte, cabendo o controlo no terreno à UAGME.

Dos 15 paióis instalados no perímetro de Tancos um funciona como oficina, tendo o assalto ocorrido em dois dos cinco paiolins existentes.

A designação de paiol ou paiolim está relacionada com a dimensão dos edifícios e o tipo de munições aí armazenada, disse.

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