Marcelo diz que UE deve “ser interveniente” nas zonas vizinhas - TVI

Marcelo diz que UE deve “ser interveniente” nas zonas vizinhas

  • HMC
  • 10 out 2019, 20:00
Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República afirmou que é necessário ser feito um caminho de paz e "não de conflito, não de prolongamento da guerra"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta quinta-feira que a União Europeia (UE) deve estar unida e “ser interveniente” nas zonas vizinhas em termos de política externa, em regiões como o Médio Oriente ou o norte de África.

A UE tem de estar unida e tem de estar interveniente, a começar logo pelas zonas vizinhas, como é o caso do Médio Oriente ou do norte de África”, declarou o Presidente português, falando aos jornalistas na capital grega, cidade onde se deslocou para participar no 15.º encontro do Grupo de Arraiolos, que junta chefes de Estado da União sem poderes executivos.

Marcelo Rebelo de Sousa anunciou que, em 2020, o encontro do Grupo de Arraiolos, que começou por se juntar em Portugal, se realiza em Lisboa, tendo precisamente como um dos pontos da agenda a política externa da UE.

Esta quase dúzia e meia de chefes de Estado que não têm poderes diretamente executivos, mas que têm influência de magistério em quase metade dos Estados-membros da UE, irão reunir, em Lisboa, para o ano, e um dos temas que está na nossa agenda é precisamente o da política externa da UE”, notou.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas à entrada para um jantar oferecido pelo Presidente da Grécia, Prokopios Pavlopoulos, aos chefes de Estado da UE no Museu da Acrópole, um dia depois do arranque da ofensiva turca na Síria.

Falando sobre essa situação, o chefe de Estado português considerou que este “é um tema muito preocupante”.

Há já uma posição conjunta da UE e Portugal perfilha essa posição, que é de preocupação com a situação que está a assumir uma forma de escalada”, referiu.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, “há que evitar essa escalada e há que evitar que haja uma degradação das condições para um processo que seja – como sempre a UE defendeu – não de conflito, não de prolongamento da guerra, mas de caminho para a paz”.

A UE vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance, o que significa [garantir] que todas as vigilâncias que são possíveis por parte dos países da UE […] no sentido de reduzir a tensão, de ultrapassar a tentação da escalada e de manter abertos caminhos de paz”, adiantou o Presidente da República, assegurando que “a Europa não vai largar esse tema”.

A Turquia desencadeou na quarta-feira uma ofensiva contra as forças curdas do nordeste da Síria, aliados dos ocidentais no combate ‘anti-jihadista’, suscitando uma vaga de críticas internacionais.

Mais de 20 civis, incluindo um bebé, foram mortos dos dois lados da fronteira desde o início da ofensiva turca contra uma milícia curda no nordeste da Síria, segundo organizações e autoridades turcas e curdo sírias.

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