Marcelo: dúvidas sobre quarentena para britânicos que visitam a Madeira serão “dissipadas” em breve - TVI

Marcelo: dúvidas sobre quarentena para britânicos que visitam a Madeira serão “dissipadas” em breve

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  • 4 jul 2020, 21:29

Presidente da República chegou este sábado à Madeira para uma curta visita, que inclui deslocação à freguesia de Câmara de Lobos, onde foi instalada uma cerca sanitária

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse hoje estar convicto de que as "dúvidas" sobre a obrigatoriedade de os turistas britânicos que visitam a Madeira terem de cumprir quarentena no regresso ao país vão ser "dissipadas" em breve.

Tenho a certeza de que vão ser dissipadas estas dúvidas nos próximos dias, nem digo nas próximas semanas, porque é tão grande a evidência dos factos, tão grande", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, à chegada ao Aeroporto Internacional da Madeira.

O chefe de Estado inicia hoje uma visita de menos de 24 horas à ilha, que inclui uma deslocação, no domingo, à freguesia de Câmara de Lobos, onde foi instalada uma cerca sanitária entre 19 de abril e 03 de maio, devido à identificação de uma cadeia de transmissão de covid-19.

Foi um processo complexo, difícil, mas bem-sucedido em termos de gestão de uma pandemia que sabemos que é difícil", afirmou, vincando que "os números falarão por si" e serão "evidentes" também nos "nossos velhos aliados britânicos".

A Madeira registou até hoje 92 casos de covid-19, já com 90 recuperados e apenas dois ativos, sem necessidade de cuidados hospitalares.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico deixou de desaconselhar as viagens para a Madeira e Açores, juntamente com uma série de outros países, mas continua a advertir contra as visitas a Portugal continental.

No entanto, permanecem dúvidas sobre a eventual obrigatoriedade de os cidadãos britânicos terem de cumprir quarentena no regresso ao país.

Em comparação com diversos países europeus, incluindo o Reino Unido, é tão patente a diferença no número de infetados, no número de infetados graves, no número de mortes que ainda existem nesses países, que, realmente, quando se fala em segurança, confiança, presente e futuro, a Madeira é um exemplo que é óbvio, é evidente", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República sublinhou que a resposta das autoridades regionais à pandemia correu "muito bem", explicando que só não se deslocou mais cedo à Madeira porque teria de cumprir quarentena obrigatória, que vigorou até 30 de junho, situação que não era compatível com as suas funções de chefe de Estado.

A viagem visa estar aqui num momento, que é particularmente importante, na vida da Região Autónoma da Madeira e, portanto, de Portugal, porque é, de alguma maneira, o coroar de um processo", disse.

Sobre as denúncias feitas pelo executivo madeirense, de coligação PSD/CDS-PP, sobre falta de solidariedade do Estado durante a pandemia, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que os "passos dados" no Orçamento Suplementar, que permite à região o endividamento até 10% do Produto Interno Bruto (PIB) regional, são "muito importantes".

Acho que, como todas as histórias, o fim é o que importa e o fim está a ser aquele que todos desejamos", declarou, adiantando, no entanto, que a Madeira precisa de "ter a compreensão" das principais forças políticas ao nível da Assembleia da República, para poder dar "passos fiscais, económicos e financeiros".

O Presidente da República mostrou-se, por outro lado, "muito impressionado" com os dados da reabertura do turismo no arquipélago a partir de 01 de julho, que lhe foram fornecidos à chegada pelo chefe do executivo regional, Miguel Albuquerque, indicando, sem precisar números, que os turistas estão a chegar de "forma sucessiva e consistente".

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