Marcelo: "Governo existe para durar uma legislatura" - TVI

Marcelo: "Governo existe para durar uma legislatura"

Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente diz que não dará um passo para provocar instabilidade no ciclo até às autárquicas. Declarações durante uma visita ao Exército

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que não dará um passo para provocar instabilidade no ciclo político que vai até às autárquicas, que se realizam no outono de 2017.

Desiludam-se aqueles que pensam que o Presidente da Repúblicas vai dar um passo sequer para provocar instabilidade neste ciclo que vai até às autárquicas. Depois das autárquicas, veremos o que é que se passa. Mas o ideal para Portugal, neste momento, é que o governo dure e tenha sucesso", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República respondia a perguntas dos jornalistas sobre as relações com o primeiro-ministro, no final de uma visita ao Exército, no Regimento de Comandos, Amadora.

O Governo existe para durar uma legislatura [quatro anos]. Há claramente um ciclo político marcado pelas autárquicas e portanto estar a especular sobre instabilidade política nesse ciclo não faz o mínimo sentido". 

Instado a clarificar o que fará após as eleições autárquicas, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que "quer dizer que o que é importante é que o Governo dure e que tenha sucesso".

Não aproveita a ninguém o insucesso do governo", disse.

O Presidente da República considerou que o país precisa de estabilidade para haver investimento e para a "formação bruta de capital fixo", ou seja, "para aquilo que faz crescer a economia".

Só há essa estabilidade se houver estabilidade política. O Presidente da República não vai contribuir para a instabilidade política", reforçou.

Para Marcelo Rebelo de Sousa "faz parte da lógica dos analistas e das oposições acharem que é bom haver uma especulação sobre o que é que se passa em termos de relações entre o Presidente e Governo".

A posição é muito simples, não é preciso haver instabilidade em Portugal, é preciso pelo contrário haver estabilidade em Portugal. Nós precisamos de estabilidade política, económica e financeira", disse.

Marcelo vai à República Centro Africana

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou hoje que irá à República Centro Africana durante a missão que os militares portugueses irão desempenhar no âmbito da ONU e que tem início em julho.

"Tenciona o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas ir em tempo oportuno à República Centro Africana para poder estar convosco e partilhar o sucesso da vossa missão", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República dirigia-se aos 149 militares do Exército que partem em julho para a RCA e que estão em fase de aprontamento no Regimento de Comandos da Amadora (Lisboa).

Esta força é composta por 149 militares, cinco dos quais mulheres, estará sob o comando do major de Infantaria Musa Paulino, e será entregue como Força de Reação de Rápida no âmbito da missão de estabilização das Nações Unidas na República Centro Africana, MINUSCA.

Ao som da música "O melhor de mim", da fadista Mariza, Marcelo Rebelo de Sousa assistiu à formação das tropas em parada e dirigiu-se aos militares afirmando que não estarão isentos de riscos porque "não há missões sem riscos".

No entanto, disse acreditar no sucesso da missão e salientou a sua importância política, frisando que "o que se passa no centro de África e no norte de África determina migrações económicas, sociais, refugiados, toda a geopolítica do continente europeu".

Na sua primeira visita ao Exército, o Comandante Supremo das Forças Armadas destacou, em declarações aos jornalistas, que o ramo "é essencial às Forças Armadas" e avançou que "vai estar ainda mais envolvido em missões internacionais".

Nesse sentido, o Presidente da República adiantou que vai reunir em julho o Conselho Superior de Defesa Nacional para "continuar a analisar a perspetiva de missões que estão pendentes".

O envio de forças portuguesas para a República Centro Africana foi aprovado no Conselho Superior de Defesa Nacional, a 24 de março passado, faltando ainda a certificação por parte da ONU, um passo necessário para a participação dos militares portugueses.

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE