Marcelo "muito preocupado" com abstenção. É uma "péssima notícia" - TVI

Marcelo "muito preocupado" com abstenção. É uma "péssima notícia"

  • BC
  • 26 mai 2019, 13:50

Presidente da República votou em Celorico de Basto para as europeias e pediu esforço aos portugueses para votarem. Que "arrumem a sua vida", pediu, para que "voltem a tempo de votar"

O Presidente da República disse hoje estar "muito preocupado" com os níveis de participação nas eleições europeias, admitindo ser uma "péssima notícia" se as taxas de votação ficarem entre os 20 e os 25 por cento.

Penso que [os portugueses] devem fazer um esforço [para votar] porque, como eu disse, seria realmente uma péssima notícia chegar a números de votação na ordem dos 20 a 25 por cento", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, que falou aos jornalistas depois de ter votado em Molares, Celorico e Basto, no distrito de Braga.

O chefe do Estado disse que os indicadores até às 13:00, hora em que exerceu o seu direito de voto, apontam para níveis de participação reduzidos.

Os primeiros dados não são animadores. Acabei de ouvir aqui precisamente números que são muito parecidos com esses, portanto, parece ser uma tendência geral", referiu.

Àquela hora, a votação naquela freguesia com pouco mais de 525 eleitores era de cerca de 11%.

Insistindo na preocupação, Marcelo Rebelo de Sousa deixou um apelo ao voto: "Os portugueses têm ainda cerca de seis horas para votar. Arrumem a sua vida, os que foram passear, os que foram para o campo, foram para a praia, que voltem a tempo de votar ainda".

De eleição para eleição, agravar a abstenção, agravar o desinteresse, agravar a apatia, agravar o distanciamento em relação ao voto é um péssimo sintoma para todos. É um péssimo sintoma para a democracia, um péssimo sintoma a para o pluralismo e para as escolhas, que são muitas", afirmou.

Para o Presidente da República, "os cidadãos têm de perceber" que, "ao dar o sinal de que se abstêm, estão a perder autoridade para depois criticarem os políticos".

Marcelo Rebelo de Sousa recordou haver "uma dúzia e meia de candidaturas" que "cobrem tantos leques de escolha, com posições tão diferentes".

Não ir lá [votar] não pode ter como álibi o dizer [que] não tínhamos escolhas. Têm escolhas os portugueses. Ao não quererem escolher ficam responsáveis por não quererem escolher", acentuou, prosseguindo: "Isso significa que os portugueses têm de meter a mão na consciência e não podem dizer que a culpa é dos políticos".

Cerca de 10,7 milhões de eleitores são hoje chamados a eleger os 21 deputados portugueses ao Parlamento Europeu, numas eleições a que concorrem 17 listas.

Até às 12:00, a afluência às mesas de voto foi 11,56%, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

A percentagem de afluência deste ano é inferior à das últimas eleições para o Parlamento Europeu, realizadas em 2014, que, à mesma hora, se cifrava em 12,14%.

Os eleitores com capacidade eleitoral ativa são este ano 10.761.156, quando nas europeias de maio de 2014 eram 9.696.481.

Votam para as eleições ao Parlamento Europeu cerca de 400 milhões de cidadãos dos 28 países da União Europeia, que elegem, no total, 751 deputados.

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