Marcelo pede a colégios privados que aguardem pelas parcerias - TVI

Marcelo pede a colégios privados que aguardem pelas parcerias

Marcelo Rebelo de Sousa

Governo anunciou que não vai abrir turmas de início de ciclo em 39 colégios privados com contratos de associação. Presidente da República diz que "agora falta tratar as parcerias"

O Presidente da República afirmou esta quarta-feira que espera um entendimento entre Estado e estabelecimentos de ensino particular e cooperativo através de novas parcerias que compensem a diminuição dos contratos de associação.

Eu continuo esperançado. Eu acho que a vida não acabou ontem [terça-feira]. O senhor primeiro-ministro, no parlamento, disse que, para compensar o que era cortado nos contratos de associação, haveria outras parceiras", declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, no Casino Estoril.

O chefe de Estado disse que "aquilo que se soube até agora foi que a parte dos contratos de associação foi tratada" e "agora falta tratar as parcerias".

Portanto, vamos esperar para ver", acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa frisou a ideia de que "as parcerias de que falou o senhor primeiro-ministro é que são a compensação em relação aos contratos de associação", e defendeu que "ainda é cedo" para tirar conclusões.

"Vamos esperar", repetiu.

De acordo com o Presidente da República, "o processo está em curso" e "só no fim do processo é que se pode saber se houve entendimento ou não".

Não podemos, depois de uma reunião em que as parcerias não foram vistas, estar a antecipar o resultado do processo", considerou, reiterando: "Eu continuo esperançado".

Na terça-feira, o Governo anunciou que não vai abrir turmas de início de ciclo em 39 colégios privados com contratos de associação, o que representa uma redução de 57 por cento no financiamento a novas turmas.

Os números foram avançados pela secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, no final de uma reunião com a Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) à qual apresentou os números.

António Sarmento, presidente da AEEP, disse à saída da reunião que os colégios estavam "perplexos e revoltados" com os cortes anunciados.

Segundo a secretária de Estado, o estudo que o ministério pediu do levantamento da rede escolar detetou 73 por cento de redundâncias em turmas de início de ciclo.

Hoje, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre o assunto no Casino Estoril, onde esteve para a cerimónia de entrega do Prémio Vasco Graça Moura ao ensaísta Eduardo Lourenço.

Interrogado, uma segunda vez, sobre a sua posição, o Presidente da República voltou a declarar que "isto é um processo que está em curso" e que o primeiro-ministro, António Costa, no parlamento "disse que os colégios poderiam ser eventualmente compensados por parcerias em vários domínios".

O que significa que muito daquilo que perderiam nos contratos de associação poderia ser compensado por outras formas de colaboração. Vamos ver como são essas formas de colaboração. Ainda é cedo para saber", reafirmou.

Continue a ler esta notícia