Marcelo preocupado com "adiamento de decisões importantes" em Portugal - TVI

Marcelo preocupado com "adiamento de decisões importantes" em Portugal

  • BC
  • 25 dez 2019, 09:15

Presidente escreveu mensagem de Natal no Jornal de Notícias

Marcelo Rebelo de Sousa escreveu a sua já habitual mensagem de Natal no Jornal de Notícias. Pelo terceiro ano consecutivo, o Presidente da República partilha as suas preocupações nesta quadra e refere-se a 2019 como um ano marcado por desigualdades, instabilidade política, social e económica, mas deixa palavras de esperança num mundo mais justo.

Em particular para Portugal, Marcelo lança um apelo contra os "atrasos e displicências que ameaçam as bases de uma democracia viva e de futuro". 

Manifesta-se também preocupado com o "adiamento de decisões importantes" e reforça a necessidade de melhorar a educação e continuar o combate à pobreza, realidade que tem acompanhado de perto.

"Preocupante, também, embora num plano diferente, no que toca a Portugal, quanto à concentração do debate público em pontos específicos, mais formais do que substanciais, mais conjunturais do que estruturais, à sensação difusa de que o dia a dia deve prevalecer sobre os horizontes de médio e longo prazo na perceção social de muitos, à situação crítica da comunicação social, acicate de instabilidade, de preferência pelo imediatismo, de potenciação do efémero em detrimento do fundamental", escreveu ainda o Presidente da República.

Presidente desaconselha "soluções pontuais" para aprovar orçamento

O Presidente da República afirmou na terça-feira não ter dúvidas sobre a viabilização do Orçamento do Estado para 2020 e desaconselhou "soluções pontuais", insistindo que é preferível a sua aprovação pela "maioria numérica" à esquerda.

Marcelo Rebelo de Sousa falava em resposta aos jornalistas, no final de uma visita à Casa dos Marcos, da Raríssimas - Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras, no concelho da Moita, distrito de Setúbal, que pela terceira vez visitou em véspera de Natal.

Se porventura houver o encontrar soluções pontuais para o Orçamento e depois para lei a lei, isso traz um grau de imprevisibilidade maior ao sistema. Ora, a grande vantagem dos últimos quatro anos - e com uma opção que não correspondia à minha área ideológica - foi haver um rumo mais ou menos definido e constante para uma legislatura", defendeu.

O chefe de Estado acrescentou que "isso é bom para a economia, é bom para as finanças, é bom para as relações e para a projeção internacional", concluindo: "Se for possível, é o que é natural. Se não for, é evidente que há outras soluções para viabilizar o Orçamento. Isso já toda a gente percebeu que existem e que estão disponíveis".

Uma aprovação do Orçamento do Estado pela "maioria numérica" composta pelo PS e os partidos à sua esquerda, "além de ser natural", tem as vantagens de "impedir soluções pontuais negociadas caso a caso, que são sempre menos estáveis", e de "permitir uma clareza dentro do sistema político português", argumentou.

Da Moita, o chefe de Estado seguiu para o Barreiro, juntando-se pelo quarto ano consecutivo à ginjinha de Natal, no centro da cidade, rodeado por uma multidão que o fez levar quase duas horas e meia a percorrer algumas dezenas de metros até à Tasca da Galega, onde atrás do balcão brindou "por Portugal", a pensar especialmente nos portugueses "que infelizmente estão doentes ou numa situação de sofrimento" nesta época festiva.

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