Marcelo: "Última sondagem dá 81% de popularidade. Se isso é queda não me causa depressão" - TVI

Marcelo: "Última sondagem dá 81% de popularidade. Se isso é queda não me causa depressão"

  • Beatriz Martinho
  • 11 mar 2019, 21:05

A propósito do terceiro aniversário da sua posse como Presidente da República, que se assinalou no sábado, dia 9 de março, Marcelo Rebelo de Sousa deu uma entrevista ao Jornal das 8 da TVI

Marcelo Rebelo de Sousa foi empossado como Presidente da República há três anos, no dia 9 de março de 2016. Na altura, foi eleito com mais de 50% da votos, mas, há cerca de oito meses, que a popularidade de Marcelo está em queda. Ainda assim, o chefe de Estado não está preocupado. 

A última sondagem, que saiu anteontem, dá 81% de popularidade. Portanto, acima de 70%, que era a média, a mais fraca das sondagens dava 67,5%. Se isso é queda não é propriamente uma coisa que me cause depressão", desvalorizou, em entrevista ao Jornal das 8 da TVI.

O Presidente da República admitiu que chegou a sentir o descontentamento das pessoas, nomeadamente da sua família política, por apoiar a geringonça, o que, explica, fez apenas para garantir "a estabilidade política". Mas, apesar disso, Marcelo Rebelo de Sousa acredita que atualmente conta com o apoio do centro-direita.

Para as sondagens andarem nos 80% é porque uma fatia muito importante do centro-direita tem um juízo positivo, senão não se chegava lá, uma vez que há sempre um eleitorado mais à esquerda que nunca irá apoiar uma recandidatura minha", defendeu.

Quanto a uma possível recandidatura, Marcelo referiu que apenas tomará uma decisão "em meados do próximo ano". 

Das duas uma: ou sou candidato e, caso isso aconteça, não vou utilizar a presidência para a campanha eleitoral, terei o recato de fazer apenas o que tenho de fazer na política externa, ou não sou candidato e saberei sair de uma forma discreta para deixar o palco aos candidatos", explicou.

E há dois fatores que podem influenciar a decisão: a saúde e o panorama nacional e internacional. 

Se acha que me vou recandidatar é porque, primeiro, acha que estou de boa saúde. Veremos se estou daqui a um ano e alguns meses. E, em segundo lugar, é porque acha que o equilíbrio de forças em Portugal e que o ambiente internacional é semelhante àquele que me levou a candidatar-me em 2016, mas pode ser ou não ser. Veremos."

Nos três anos de mandato, os incêndios de 2017 levaram ao maior momento de tensão entre o Presidente da República e o Governo. Em entrevista à TVI, Marcelo salientou que, nessa altura, as suas “leituras” e as de António Costa “não foram coincidentes no tempo sobre a realidade”, acusando o Governo de estar desligado da realidade.

Entendi que a maioria esmagadora dos portugueses olhava para o poder político dizendo 'eles descolaram da realidade, eles não estão a perceber que não podem morrer impunemente mais de 100 pessoas e não haver uma mudança de vida'”, sustentou.

O Presidente da República garantiu ainda que, caso a tragédia de junho de 2017 se tivesse repetido, teria dissolvido a Assembleia da República. 

Eu não escondo que foi a única circunstância que me levou a dizer aquilo que eu disse e que, traduzido em miúdos, é que se, no ano seguinte, houvesse uma situação idêntica haveria dissolução do Parlamento”, disse.

Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se ainda preocupado com o agravamento da conjuntura económica mundial. Apesar de considerar que Portugal está preparado, uma vez que tem uma "boa almofada financeira", o Presidente da República sublinhou que é preciso fazer mais.

Temos de trabalhar mais em termos de mais e melhor investimento, mais exportações e crescimento. O nosso crescimento pode não ser suficiente", alertou.

 

 

 

 

 

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