Marcelo, uma campanha de (im)previstos partidários - TVI

Marcelo, uma campanha de (im)previstos partidários

Marcelo Rebelo de Sousa em Boticas(Lusa\José Sena Goulão)

Candidato orgulha-se de mobilização “sem organização” prévia, mas num só dia duas iniciativas espelharam o contrário

Primeiro fim-de-semana de campanha e Marcelo Rebelo de Sousa a enfatizar os poucos recursos de que se orgulha para andar na estrada e as salas cheias que encontrou com apoio vindo da sociedade civil. Disse-o na última iniciativa deste domingo, em Mirandela, que a sua agenda apelidava de “sessão pública”.

"Estou feliz por várias razões: este nosso encontro corresponde exatamente ao retrato da minha candidatura", começou por dizer, agradecendo que num dia “particularmente difícil” por causa do mau tempo, “cada um pelo seu próprio pé, sem qualquer tipo de organização”, tenha marcado presença no auditório quase repleto do Centro Juvenil Salesiano.

Uma reunião de "amigos", como a chamou. “(Vieram) apenas para nos encontrarmos, com a naturalidade de quem encontra um amigo ou uma amiga e quer confiar os destinos do nosso país nas mãos do candidato aqui presente".

Não foi sempre assim ao longo do dia. Em Chaves, a visita ao Centro de Artes Criativas tinha sido comunicada aos jornalistas e é certo que as redes sociais ajudam na divulgação pelos locais, mas houve mobilização partidária.

A TVI24 conversou com uma militante social-democrata que disse ter recebido uma mensagem do PSD a dar conta da presença do candidato presidencial naquela instituição. O texto assinalava como era “importante” a presença dos apoiantes.

Paragem seguinte: Mirandela. Porém, repentinamente, os assessores avisaram que o professor ia passar, no caminho, pela Casa do Vinho de Valpaços. Não constava da agenda oficial, mas chegados a sala estava repleta de gente, à espera do candidato. 

O primeiro (im)previsto teve o dedo do seu partido laranja, que ele tem esforçado por afastar da campanha. Ainda hoje, em Vila Real, expressou que "não é bom para ninguém" a presença de líderes partidários em campanhas presidenciais. Estava na terra de Passos e realmente ninguém o viu passar.

Já a segunda iniciativa era desconhecida dos jornalistas. Chegar a uma sala cheia e encará-la como mobilização "espontânea", como a equipa do professor tem caracterizado a campanha, causou surpresa. Explicaram-nos depois que era um ponto de passagem previsto, mas não comunicado oficialmente porque poderia ter de haver ajustes de agenda. 

A chuva imparável é que originou a situação, essa sim, mais imprevisível do dia. O caudal do rio Tua subiu de tal forma que alagou um parque de estacionamento em Mirandela. O professor foi convidado a ver e ouviu com atenção as queixas do autarca sobre as falhas de regulação do caudal por parte de Espanha.

 
A outros imponderáveis, ainda pela manhã, Marcelo reagiu com boa disposição. Na Feira Gastronómica do Porco de Boticas, inspiração não faltou a quem quis caracterizar os debates pré-campanha e o discurso do candidato:

 

Marcelo provou muitos enchidos e saiu de barriga cheia. Nem todos, no entanto, o brindaram com apoio ou alimento para Belém:

 
 
 

 

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