Marcelo vai chumbar alterações à lei do financiamento dos partidos - TVI

Marcelo vai chumbar alterações à lei do financiamento dos partidos

  • 30 dez 2017, 09:59
Costa e Marcelo

Decisão já estava tomada, antes de Presidente ter sido operado de urgência. Veto à lei será comunicado no final da próxima semana

Os semanários Expresso e Sol noticiam que o Presiedente da República vai mesmo vetar as alterações à lei do financiamento dos partidos, que foi aprovada no Parlamento por larga maioria. Só o CDS-PP e o PAN votaram contra.

As alterações legais, que Marcelo - numa nota publicada no site da Presidência - sugeriu deputados e primeiro-ministro que revissem, pedindo até uma fiscalização preventiva, desagradam ao Presidente.

Com António Costa, tal como os deputados socialistas, a não acatarem a recomendação presidencial, o chumbo já estaria decidido, antes mesmo da operação de urgência a uma hérnia umbilical, à qual Marcelo Rebelo de Sousa foi submetido na quinta-feira no Hospital Curry Cabral e da qual recupera.

De acordo com o Expresso, a decisão de veto será comunicada no final da semana, já que o Presidente tem agora 12 dias para se pronunciar.

O semanário faz notar também que, ao devolver a lei ao Parlamento, este poderá não conseguir a maioria de dois terços necessária.

Marcelo foi sempre contra o aumento do financiamento partidário, tendo, enquanto líder do PSD, defendido um financiamento essencialmente público, coim limites aos donativos de privados e contenção de gastos", relembra o Expresso.

Já o semanário Sol, acentua que "Belém não poderá ignorar que os partidos que aprovaram a lei já se demarcaram de algumas alterações que eles próprios apoiaram". É o caso do Bloco de Esquerda e até dos dois candidatos à liderança do PSD, Rui Rio e SantanaLopes, sendo que um deles já deverá ser presidente eleito do partido, quando o diploma voltar ao Parlamento.

Firme em querer que as mudanças no financiamento dos partidos sejam promulgadas está o primeiro-ministro. António Costa afirmou mesmo na sexta-feira, após ter visitado Marcelo no hospital, não se recordar "de uma alteração que tenha tido um consenso tão amplo".

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