Marcelo Rebelo de Sousa foi o principal convidado da inauguração da nova imagem e do novo estúdio da TVI. Agora como Presidente da República, o ex-comentador foi confrontado com as opiniões dos comentadores José Miguel Júdice, Manuela Ferreira Leite, Fernando Medina e Constança Cunha e Sá.
Questionado sobre o momento atual e sobre o seu apoio ao Governo no caso CGD, Marcelo lembrou que já teve “momentos mais complicados”, como a aprovação dos Orçamentos do Estado, e admitiu que ficou “surpreendido” com a “geringonça”.
Quando entrei, não pensei que [o Governo PS, com apoio do PCP e do BE] conseguisse cumprir os compromissos internacionais como tem cumprido e que cumprisse a trajetória do défice. Francamente, achava que era muito mais difícil. Não pensava que fosse tão resistente quanto se mostrou ao longo do ano.”
Confrontado várias vezes com a polémica que envolve Mário Centeno e António Domingues, o Presidente reiterou as posições que já tomou sobre o caso, garantindo que tomou a decisão de aprovar a manutenção do ministro das Finanças “a pensar no interesse nacional”, sublinhando o “conjunto de decisões fundamentais para a estabilidade financeira” que está a chegar “num futuro próximo”.
A este propósito, lembrou mesmo a crise política criada com a saída de Vítor Gaspar e demissão de Paulo Portas, em 2013, justificando que foi esse efeito que quis evitar.
Eu apoio este Governo como apoiarei qualquer Governo durante o meu mandato, porque é um dever constitucional do Presidente da República criar todas as condições para o Governo poder realizar as suas metas.”
Respondendo a uma das críticas que mais tem ouvido – sobre emitir a sua opinião demasiadas vezes -, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que intervém “para prevenir conflitos ou para ajudar quando é fundamental para o país e objetivamente também para o Governo”.