O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, visitou, este domingo, o centro de operações de combate ao fogo em Pedrógão Grande, que fez já 24 mortos e pelo menos 21 feridos. O Presidente mostrou-se emocionado, perante a tragédia que lhe foi descrita pelos responsáveis dos combate às chamas.
Marcelo Rebelo de Sousa apresentou as condolências "aos familiares das vítimas civis, acompanhando-as na sua dor e fazendo-o em nome de todos os portugueses".
Em segundo lugar, queria manifestar o meu calor humano àqueles bombeiros feridos e que foram atingidos no cumprimento da sua missão."
O Presidente deixou ainda uma palavra de "gratidão e de conforto e de apoio a todos aqueles que estão a fazer o melhor que podem fazer". Marcelo estendeu esse agradecimento aos bombeiros, aos elementos da Preteção Civil, aos militares da GNR e do Exército e não se esqueceu dos "pequenos grandes gestos dos jovens escuteiros".
Veja também:
- "A maior tragédia de vidas humanas dos últimos anos"
- Cinco bombeiros feridos e dois estão em estado grave
- Fogo tem cinco frentes e continua descontrolado
Ainda antes de ser inteirado da situação, logo à chegada ao local, o Presidente da República deu um longo abraço de conforto ao secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, que estava desde o meio da tarde a acompanhar a situação e que, poucas horas antes, tinha anunciado pelos menos 19 mortos neste incêndio.
A palavra que quero deixar agora não é uma palavra de desânimo, é uma palavra de ânimo, de confiança, de conforto”, realçou.
O chefe de Estado defendeu que, perante o cenário que lhe foi descrito, “o que se fez foi o máximo que se poderia ter feito”.
Não era possível fazer mais, há situações que são situações imprevisíveis e quando ocorrem não há capacidade de prevenção que possa ocorrer, a capacidade de resposta tem sido indómita”, considerou.
O Presidente da República manifestou ainda o seu “calor humano” aos bombeiros feridos neste incêndio, sublinhando que “fizeram e continuarão o melhor que podem” num incêndio que continua a lavrar de forma intensa.
Marcelo Rebelo de Sousa chamou a atenção para a junção de elementos naturais “infelizmente únicos”, como a temperatura elevada, o vento e a humidade nula.
Tornaram a tarefa destes verdadeiros heróis muito difícil”, salientou.
Para o chefe de Estado, “não há nem falta de competência, nem falta de capacidade, nem falta de imediata resposta perante desafios dificílimos”.
É uma situação infelizmente ímpar, não é habitual no nosso país verificar-se aquilo que se verificou e está a verificar”, disse, alertando que o combate ao incêndio continuará a ser difícil nas próximas horas.
Dizendo que o estado de espírito que encontrou “foi de mobilização”, Marcelo Rebelo de Sousa deixou também uma palavra à forma “atenta, respeitadora e atenta” como a comunicação social tem acompanhado a situação.
Dezanove pessoas morreram no incêndio que deflagrou durante a tarde de sábado no concelho de Pedrógão Grande, disse o secretário de Estado da Administração Interna, em declarações aos jornalistas em Pedrogão Grande.
Segundo Jorge Gomes, além das 19 vítimas mortais, há ainda vinte feridos, seis dos quais bombeiros, e duas pessoas desaparecidas. Dos 14 feridos civis, dez estão em estado grave e cinco dos seis bombeiros foram retirados do terreno, para serem assistidos.